quarta-feira, 3 de maio de 2017

A cadeira no caminho reflexão 10 de maio de 2017 Depois de um dia inteiro passado longe da família, entra em casa o pai, à noite. Sua chegada alvoroça o filho que, esperando algum presente para ele, se precipita de braços abertos. Por descuido, o pequeno estabanado vai de encontro a uma cadeira no caminho, e cai no chão, violentamente. Mão se machucou, mas, assustado pela surpresa da queda, põe-se a chorar em altos gritos. Então, o pai só pensa em duas coisas: fazer calar o menino e acalmá-lo. Como conseguirá? Facilmente, associando-se simplesmente aos sentimentos da criança, ajudando-a a soltar a rédea aos maus instintos. Como assim? Liberando maus instintos? Não seria justamente o oposto que deveríamos fazer? Pois bem, vejamos como a reação desse pai mostra que tomamos muitos caminhos absolutamente equivocados na educação de nossos filhos. Reforçamos os maus instintos sem perceber, mais vezes do que imaginamos. O pai precipita-se, levanta a criança, e começa a bater na cadeira ruim, cadeira feia, que fez cair o Carlinhos ou o Joãozinho. Desse modo consegue rapidamente o que se propusera, pois Carlinhos ou Joãozinho, feliz por ver a cadeira castigada, cala-se, bate-lhe também, e fica satisfeitíssimo. Não é verdade que assistimos cenas como essa diversas vezes? Vamos analisar então o alcance real desse ato que tão inocente se supõe. Quem tem culpa da queda da criança? Ela mesma, evidentemente. E quem foi castigada? A cadeira. Lançando a culpa à cadeira, perde-se uma oportunidade de demonstrar praticamente à criança as conseqüências de sua imprudência e da sua atrapalhação. Assim se deforma o seu critério de julgar, apresentando-lhe uma falsa relação entre a causa e o efeito. Toda oportunidade de trabalhar esta temática, a da causa e do efeito, com as crianças, deve ser abraçada com vigor, pois nas pequenas aplicações do dia-a-dia está o desvendar de uma Lei Divina fundamental. Mas, poderíamos ainda ir além e perguntar: por que sempre precisa haver um culpado? Por que não ensinamos as crianças a entenderem que existem muitas coisas que fazem parte da vida, e que sempre nos ensinam alguma coisa? A cadeira no caminho poderia estar ensinando o cuidado, a atenção, ou ainda, poderia ser apenas uma cadeira no caminho. Se fôssemos, na vida, abrir um berreiro, ou buscar culpados, para cada cadeira no caminho, esqueceríamos de viver, certamente, e seríamos só lamentos ambulantes. Não deixemos que nossos filhos cultivem visões distorcidas da realidade desde cedo. Não permitamos que a superproteção, ou nossos próprios medos atrapalhem o bom desenvolvimento de um ser, que precisa aprender a enfrentar os desafios da vida. Punir a cadeira feia nunca será a solução. Nem deixaremos de sentir a dor da queda, nem resolveremos o problema da cadeira no caminho. Entender que a lei de causa e efeito nos rege em todos os campos, inclusive no moral, faz-se importantíssimo, se desejamos ser bons pais e educadores. A Culpa é... reflexão 17 de maio de 2017 Vendo o Jogo do Internacional e do Corinthians, especialmente no final, resolvi prestar atenção além do jogo, ou seja das onze pessoas de cada lado correndo atrás de uma “bola”. As cenas eram narradas com os seguintes comentários: “que azar do Corinthians”, “não era o ‘dia’ do Corinthians”, “o Corinthians não estava mesmo com sorte”, “a bola não queria entrar”, “o resultado foi culpa da bola”. Culpa da bola??? Nesse momento, cheguei até a me assustar: eu não entendo muito de futebol, não acompanho campeonatos, mas, Deus do céu, que parte foi essa que eu perdi em que as bolas passaram a ter vontade própria? Mudei de canal, tentando desconsiderar o que eu acabara de ver/ouvir. Tentei me consolar pensando que aquela deveria ser uma linguagem futebolística das mais comuns e um tanto quanto incompreensível para não adoradores. No dia seguinte pela manhã li o jornal; ali consegui entender tudo: na verdade a culpa não era apenas da bola, mas dos deuses que, nesse dia, resolveram conspirar contra o pobre e mal pago time do Corinthians. Parecia brincadeira, o jornal dedicou boa parte do seu caderno de esportes a narrar o azar do time e o complô que a bola, os deuses, o vento, a grama e o mundo armaram contra ele. A soma desses eventos me fez entrar numa profunda reflexão e comecei a fazer uma analogia entre “a culpa da bola” e o comportamento humano. “A culpa é do trânsito”, “a culpa é dos meus pais”, “a culpa é do meu chefe”, “a culpa é do carro”, “a culpa é do elevador”, “a culpa é de vênus em conjunção com netuno”, “a culpa é do destino”, “a culpa é do muuuuuundo!!!”. Enfim... Outro dia até me peguei pensando: “não conheço ninguém que foi demitido porque não fazia um bom trabalho”. Não conheço ninguém que tenha repetido de ano por estudar muito”.Coitadinhos... vítimas de chefes perseguidores, de colegas trapaceiros, de empresas com culturas inadequadas de professores incompetentes. Essas pessoas são quase sempre as mesmas que se atrasam por culpa do trânsito, que não conseguem se relacionar porque “os outros não prestam”, que não param de engordar por conta da “genética”. Pense nisso, de quem é a culpa? O GRAU DE DIFICULDADE NOS MOTIVA A ATINGIR O OBJETIVO reflexão 24 de maio de 2017 Conta a história que, certa vez, um sábio passeava pelo mercado quando um homem se aproximou e falou para o sábio: - Sei que és um grande mestre e queria teu conselho. Hoje de manhã, meu filho me pediu dinheiro para comprar uma vaca. Devo ajudá-lo? - Essa não é uma situação de emergência. Então, aguarde mais uma semana antes de atender seu filho. - Mas tenho condições de ajudá-lo agora, que diferença fará esperar uma semana? - Uma diferença muito grande – respondeu o mestre. – A minha experiência mostra que as pessoas só dão valor a algo quando têm a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que desejam. Quando estabelecemos objetivos para as pessoas, é importante que haja um certo grau de dificuldade para serem atingidos. Caso contrário, eles não darão tanto valor aos resultados alcançados. SÓ PEÇA DESCULPAS QUANDO ESTIVER SENDO SINCERO – 31/05/17 Um monge foi ofendido por um homem, que não acreditava em nada do que ele dizia. Entretanto, a mulher do agressor era seguidora do monge e exigiu que seu marido fosse pedir desculpas ao sábio. Contrariado, mas sem coragem de aborrecer a mulher, o homem foi até o templo e murmurou algumas palavras de arrependimento. - Eu não o perdoo – disse o monge. – Volte ao trabalho. A mulher ficou horrorizada: -Meu marido se humilhou e o senhor, que se diz sábio, não foi generoso! E o monge respondeu: - Dentro de minha alma não existe nenhum rancor. Mas, se ele não está arrependido, é melhor reconhecer que tem raiva de mim. Se eu tivesse aceitado seu perdão, íamos estar criando uma falsa situação de harmonia e isso aumentaria ainda mais a raiva de seu marido. É comum haver desentendimentos entre colegas de trabalho e, por vezes, devido ao estresse, os envolvidos usam de grosserias para com o outro. A partir de então, o relacionamento se transforma, o clima não é mais o mesmo. Porém, se desculpar sem sinceridade só causará mal-estar: quem sofreu a grosseria não se convencerá, e quem a cometeu se sentirá insatisfeito em ter se desculpado apenas por educação, e não por ter reconhecido o seu erro. Portanto, se não houver arrependimento de fato, não adianta se desculpar; é melhor ser honesto consigo mesmo e deixar para melhorar o relacionamento de outra forma.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Culpa: Um sentimento que paralisa A culpa é um sentimento paralisante que afeta intensamente os pais de dependentes químicos, causando-lhes grandes sofrimentos. Ela costuma se instalar a partir do momento em que os familiares atravessam a fase da negação e reconhecem que estão enfrentando um problema. Nesse momento surge o primeiro questionamento: Onde será que erramos? Assim, inicia-se o jogo da culpa numa tentativa vã de descobrir os porquês. Caso os pais sejam separados, atribuem a culpa a separação. Caso vivem juntos, acreditam que são culpados porque a mãe precisou trabalhar fora. Se a mãe não trabalha fora, acreditam que a culpa foi porque o mimaram demais quando pequeno, ou porque ele foi morar com a avó, ou porque foi um menino muito doente de pequeno, ou porque a família passou por dificuldades financeiras ou se culpam por haver demorado em descobrir. A busca continua até encontrarem algum ponto onde possam se agarrar na tentativa de justificar o fato indesejado. Num segundo momento, os pais começam a culpar um ao outro. De acordo com o pai, a culpa é da mãe, porque era ela quem ficava em casa com o filho e deveria ter percebido que algo estava acontecendo. Por sua vez, a mãe culpa o pai, porque ele também deveria se responsabilizar e só pensava no trabalho. Não raro, ofendem-se, discutem e brigam. O jogo da culpa vai se expandindo e começam a buscar os culpados fora da casa. Por vezes culpam os avós, por tê-lo mimado demais. Culpam os primos julgando que foram eles que o levou para o mau caminho. Saindo do grupo familiar, culpam os amigos, acreditando que foram eles quem fez a cabeça do garoto. Não bastasse tudo isso, eles culpam ainda a escola, as leis, os traficantes, o sistema, a polícia, os políticos, etc. Vizinhos, parentes e pessoas despreparadas, sem conhecimento da complexidade do problema, gostam de opinar e o que fazem é reforçar ainda mais os sentimentos de culpa familiar, como se os pais tivessem falhado na educação do filho. De toda essa procura pelos culpados, o próprio usuário costuma ser poupado, como se ele fosse o coitadinho, a vítima de todos. Ele, por sua vez, reforça ainda mais o sentimento de culpa, jogando toda a carga para os pais. Enquanto existir um culpado por tudo aquilo que ele faz de errado, ele está isento de assumir suas falhas, suas responsabilidades. O sentimento de culpa nunca vem sozinho. Ele atrai outros sentimentos derrotistas, como a autopunição, a autopiedade, a vergonha, a frustração, etc. Com todos esses sentimentos desencadeados, os pais perdem as forças e paralisam. Esta paralisia ocorre porque a culta está relacionada a algum fato passado, algo que já aconteceu e não há como modificar aquilo que já passou. A culpa ligada a algo que já passou deixa os pais sem ação: - Se eu tivesse feito assim; se eu não tivesse feito isso; se eu tivesse feito diferente, e por aí vai. Como não é possível modificar o que passou, então sofrem, então adoecem e paralisam. Por vezes chegam a reconhecer que é preciso agir, fazer alguma coisa, tomar alguma atitude para resolver o problema, mas como estão adoecidos pelo sentimento da culpa, também começam a se culpar por algo que ainda não aconteceu. Tudo aquilo que planejam fazer, esbarram no “E SE”: - E se eu não der dinheiro e ele for roubar; e se eu endurecer e ele fugir de casa; E se eu não pagar a dívida e alguém o matar. Como só pensam negativo, naquilo que pode dar errado, mais uma vez ficam sem ação. Dá para perceber que a culpa tira dos pais a capacidade de viverem o momento presente: ou estão buscando as causas no passado ou estão projetando o que pode dar errado no futuro. Acontece que para mudar os rumos das coisas é preciso agir, fazer algo, tomar alguma atitude e isso só pode ser feito no presente, para tanto é preciso lutar contra o sentimento de culpa, sair desse jogo onde, ora se culpam, ora procuram os culpados. Jogo onde não existem ganhadores, só perdedores. Este jogo de culpas e culpados ainda possui mais um papel: o de vítima. Na posição de vítima, os pais utilizam o filho problema como o bode expiatório da família. Tudo aquilo que der errado com eles próprios, justificam a falha no filho problema. Caso os pais estão com problemas no emprego, justificam que é devido o desajuste do filho, se o casal está em pé de guerra, também culpam a dependência do filho para justificar e tirar o foco dos reais motivos de seus problemas. Para modificar esse processo doentio é preciso acabar com culpas e culpados, parar de se fazer de vítima, enxergar o foco do problema e não buscar causas fora dele para justificá-lo e sozinho é tarefa difícil, portanto, é fundamental buscar ajuda e os grupos de apoio do Programa Amor-Exigente são de extrema importância nesse momento, pois possibilita aos pais lidarem com um problema complexo de forma assertiva, direcionada, norteada por princípios básicos e éticos, ajudando-os a se livrarem desse sentimento que provoca tanto sofrimento e sofrimento de pais não é suficiente para salva seus filhos. Texto de Celso Garrefa (Amor-Exigente de Sertãozinho)

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Os filhos não se “perdem” na rua, mas dentro de casa Os filhos não se “perdem” na rua. Na verdade, essa perda se inicia no próprio lar com o pai ausente, com a mãe sempre ocupada, com um acúmulo de necessidades não atendidas e frustrações não gerenciadas. Um adolescente se destrói depois de uma infância de desapegos e de um amor que nunca soube educar, orientar, ajudar. Começaremos por deixar claro que sempre haverá exceções. Obviamente existem jovens com comportamentos desajustados que cresceram em lares onde há harmonia, e adolescentes responsáveis que conseguiram se distanciar de uma família disfuncional. Sempre há eventos específicos que escapam dessa dinâmica mais clássica onde o que acontece diariamente em uma casa marca irremediavelmente o comportamento da criança no exterior. “Semeie boas ideias nas crianças, mesmo que hoje elas não as entendam, no futuro elas irão se encarregar de fazê-las florescer.” María Montessori Na realidade, e por incrível que pareça, um pai ou uma mãe nem sempre acaba por aceitar esse tipo de responsabilidade. Na verdade, quando uma criança evidencia comportamentos agressivos na escola e o diretor entra em contato com os pais, é habitual que a família coloque a culpa no sistema, no próprio instituto e na comunidade escolar por “não saber educar”, por não pensar nas necessidades e por não aplicar as estratégias adequadas. É certo que no que se refere à educação de uma criança, todos somos agentes ativos (escola, meios de comunicação, organismos sociais…), mas é a família que fará germinar no cérebro infantil o conceito de respeito, a raiz da autoestima ou a chama da empatia. Os filhos, o legado mais importante do nosso futuro H. G. Wells disse uma vez que a educação do futuro andava de mãos dadas com a própria catástrofe. Em sua famosa obra “A máquina do tempo”, ele viu que no ano de 802.701 a humanidade se dividiria em dois tipos de sociedade. Uma delas, a que viveria na superfície, seriam os Elói, uma população sem escritura, sem empatia, inteligência ou força física. Segundo Wells, o estilo educativo que predominava em sua época já apontava resultados nesta direção. O início das provas padronizadas, da competitividade, da crise financeira, do curto período de tempo dos pais para educar os filhos e da preocupação nula para incentivar a curiosidade infantil ou o desejo inerente por aprender faziam com que, no auge do século XX, o célebre escritor não augurasse nada de bom para as gerações futuras. Não se trata de alimentar tanto pessimismo, mas de colocar sobre a mesa um estado de alerta e um sentido de responsabilidade. Por exemplo, algo que muitos terapeutas, orientadores escolares e pedagogos se queixam é da falta de apoio familiar que costumam encontrar na hora de fazer uma intervenção com aquele adolescente problemático, ou com aquela criança que apresenta problemas emocionais ou de aprendizagem. Quando não há uma colaboração real ou até mesmo quando um pai ou uma mãe tira a autoridade ou boicota o profissional, professor ou psicólogo, o que vai conseguir é que a criança, seu filho, continue perdido. Além disso, esse adolescente terá mais força para continuar desafiando e buscará na rua o que não encontra em casa, ou o que o próprio sistema educativo também não foi capaz de lhe dar. Crianças difíceis, pais ocupados e emoções contrapostas Há crianças difíceis e exigentes que gostam de agir como autênticos tiranos. Há adolescentes incapazes de assumir responsabilidades e que adoram ultrapassar os limites que os outros lhes impõem, aproximando-se, assim, da delinquência. Todos nós conhecemos mais de um caso assim, no entanto, temos que ter consciência de algo: nada disso é novo. Nada disso é culpa da internet, nem dos videogames, nem de um sistema educativo permissivo. “Antes de ensinar uma criança a ler, ensine-lhe o que é o amor e a verdade.” Gandhi No final do dia, estas crianças mostram as mesmas necessidades e comportamentos de sempre, contextualizados em novos tempos. Por isso, a primeira coisa que devemos fazer é não patologizar a infância nem a adolescência. A segunda é assumir a parte da responsabilidade que cabe a cada um de nós, bem como educadores, profissionais da saúde, publicitários ou agentes sociais. A terceira, mas não menos importante, é entender que as crianças são, sem dúvida, o futuro da Terra, mas antes de mais nada, são filhos de seus pais. Os ingredientes da verdadeira educação Quando um professor chama uma mãe ou um pai para advertir sobre o mau comportamento de um filho, a primeira coisa que a família sente é que estão colocando em causa o amor que eles sentem pelos seus filhos. Isso não é verdade. O que acontece é que às vezes esse afeto, esse amor sincero, se projeta de forma errônea. Amar um filho não é satisfazer todos os seus caprichos, não é abrir todas as fronteiras para ele nem evitar dar respostas negativas. O amor verdadeiro é o que guia, o que inicia desde bem cedo um sentido real de responsabilidade na criança, e que sabe gerir suas frustrações dando um “NÃO” a tempo. A educação de qualidade sabe sobre emoções e entende sobre paciência. A criança exigente não detém seus comportamentos com um grito ou com duas horas de solidão na própria casa. O que ela exige e agradece é ser atendida com palavras, com novos estímulos, com exemplos e com respostas a cada uma de suas ávidas perguntas. Também temos que tomar consciência de que nesta época em que muitas mães e muitos pais são obrigados a cumprir jornadas de trabalho pouco ou nada conciliadoras com a vida familiar, o que importa não é o tempo real que compartilhamos com os filhos, mas sim a QUALIDADE desse tempo. Os pais que sabem intuir as necessidades e as emoções, que estão presentes para guiar, orientar e para favorecer interesses, sonhos e expectativas, são os que deixam marcas e também raízes em seus filhos, evitando assim que essas crianças busquem tudo isso na rua.
Filhos não são iguais aos pais Aquelas pessoas que hoje têm em torno de 35 anos e os que possuem mais, tiveram sem dúvida alguma uma educação centrada no respeito e na obediência aos seus pais. E este modelo de educação, tinha nos pais o centro pela qual movia-se a família. Bastava um olhar para entender o recado, quando tinha visitas aparecer na sala somente para cumprimentar os visitantes. E aí, vieram os filhos dos filhos que tiveram este tipo de educação e, alguns, se não a maioria, resolveu que agora tudo seria diferente. Não trataria os seus filhos da mesma forma que os seus pais o trataram. Seriam mais democráticos, dar maiores liberdades, enfim, ser mais “amigos” dos seus filhos. E para reforçar esta “nova forma” de educação, os psicólogos, psicanalistas, psicoterapeutas, defenderam a teoria de que os filhos precisavam de maior liberdade para encontrar o melhor caminho, terem as suas próprias experiências, onde a educação não fosse repressora e que em casa, houvesse maior diálogo e a oportunidade do confronto de idéias. Grande parte destes que defenderam esta teoria, após uma reflexão do que aconteceu com a sociedade, viram que houve um erro de rota e que o barco estava afundando num mar onde os principais valores que o sustentavam como, respeito, verdade, dignidade, honra, amor e ética, deixaram de manter este barco na superfície. Ao procurar diminuir as diferenças, pregou-se a necessidade de que pais e filhos precisavam ser amigos, esquecendo-se de que os filhos precisavam era de alguém muito mais do que amigo, precisavam de referência para as suas vidas. Amigos, os jovens têm na escola e na rua, enquanto que em casa eles precisam de referenciais, para que possam ter um norte a seguir quando estiverem na rua. E aí, que a frase “Os pais precisam ser pais para que os filhos possam ser filhos”, possuem uma importância fundamental no estudo deste princípio. Tal afirmação, não deseja pregar o autoritarismo no relacionamento pais e filhos, ao contrario, quer é que os pais exerçam a sua autoridade tendo sempre em mente que a harmonia deve estar centrada no que somos “Amor-Exigente”. E quando os pais estão cientes do papel que devem exercer em seus lares, buscando a harmonia, o respeito, a confiança, os deveres, os limites e as obrigações de cada membro da família, estará exercendo o seu papel com dignidade e contribuindo para que os seus filhos tenham estes mesmos valores quando tiverem a sua própria família. Quando os papéis de pais e filhos são entendidos como complementares um do outro, não como opostos, as diferenças que existem complementam, acrescentam, para que cada um possa ter o seu lugar bem definido. E neste entendimento mútuo familiar, o fato de pais e filhos não serem iguais pode ser entendido como soma, partilha e não como confronto. Enquanto pais precisamos dar condições para o aprendizado dos nossos filhos com a mesma energia para deixá-los assumirem as responsabilidades dos atos que tomarem. E o aprendizado que este princípio deixa para os pais é a busca diária da honestidade como fator preponderante como base nas relações no lar. Como pais e não como super-homens não têm uma resposta para tudo, mas vamos buscá-la tendo valores espirituais como fonte para nutrir nossas relações com os nossos filhos, propiciando-lhes condições de crescimento para que ocupem seu lugar no mundo da melhor forma possível. Tenha sempre em mente: Se você não for a referência ou um modelo para os seus filhos, os amigos da rua poderão ocupar este espaço. Querendo ser amigo, por vezes esquecemos de ser pais.

sábado, 8 de abril de 2017

Pais Filhos Não São Iguais. Cláudio N. Lugo MÊS DE ABRIL 4o Princípio Básico do Amor-Exigente Pais e Filhos Não São Iguais. (APAEX) Prezado companheiro de Amor-Exigente: Nesta página você tem a proposta de cronograma para utilização do conteúdo da apostila. Está prevista uma META COMUM semanal, para todos: Que os textos sejam estudados em casa previamente. Sugere-se, também, uma seqüência de atividades duran-te as reuniões semanais do Grande Grupo (Grupão) e dos Pequenos Grupos (Subgrupos). Estude semanalmente o texto sobre drogas das páginas 9 e 10. Esclareça suas dúvidas. Na primeira semana: Enfocar o “EU” interior e o “EU” exterior de si mesmo: O Real e o Aparente. No Grande Grupo de Familiares: - Partilhar o entendimento e o significado dos textos do livro e de como viver a proposta. No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas): - Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE. - Na página 7: Responder as perguntas do “Item 1)” e escolher nova meta individual. Meta Comum para casa - durante a próxima semana: - Estudar as páginas 2 e 3 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião. Na segunda semana: Enfocar “A FAMÍLIA - O OUTRO” No Grande Grupo de Familiares: - Partilhar o entendimento sobre o estudo, feito em casa, das páginas 2 e 3 da apostila. No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas): - Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE. - Na página 7: Responder as perguntas do “Item 2)” e escolher nova meta individual. Meta Comum para casa - durante a próxima semana: - Estudar as páginas 4 a 6 da apostila. Trazer questões para a próxima reunião. Na terceira semana: Enfocar “A Sociedade” No Grande Grupo de Familiares: - Partilhar o entendimento sobre o estudo, feito em casa, das páginas 4 a 6 da apostila. No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas): - Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE. - Na página 7: Responder as perguntas do “Item 3)” e escolher nova meta individual. Meta Comum para casa - durante a próxima semana: - Estudar a página 8,9 e 10 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião. Na quarta semana: A Ética dentro e fora do Grupo de Apoio de Amor-Exigente. No Grande Grupo de Familiares: - Partilhar o entendimento sobre o estudo, feito em casa, da página 8 da apostila. No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas): - Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE. - Escolher a meta individual para vivenciar o Amor-Exigente durante a próxima semana. Meta Comum para casa - durante a próxima semana: - Estudar o 5° Princípio págs. 29, 55, 80 pelo livro texto “O Que é Amor-Exigente” de ca-pa azul e págs. 40 ,81 ,120 pelo de capa verde. Refletir sobre seus significados. Trazer questionamentos e interpretações para a reunião. - Procure ler também sobre o 5° Princípio nos livros “Mostrar Caminhos” de José Neube Brigagão, “Só por hoje, Amor-Exigente” de Beatriz Silva Ferreira e “Amor-Exigente, espiritualidade, uma nova vida” de Marina e Helio Caetano Drummond. (-) Diminua em sua vida: (+)Aumente em sua vida: • Rebeldia • Respeito • Agressividade • Autoridade • Permissividade • Hierarquia • Confusão • Dever • Desordem • Ordem • Condescendência  Temos que ser cuidadores, guias, orientadores e legisladores. Ser amigo, não significa deixar o outro fazer tudo. Para que haja discípulo é necessário que haja um mestre. Amigos, to-dos têm muitos. Bons exemplos, às vezes nenhum.  Ser educador é mostrar caminhos, que só são mostrados pela autoridade. Autoridade é força moral conquistada a custo de imposições que os educadores fizeram antes a si mesmo. Diante de um fato se faz necessário, primeiro, reflexão e ação. Só depois vem a falação.  Os pais e familiares responsáveis devem promover:  Segurança e garantia de sobrevivência.  Construção da saúde integral dos filhos, dependentes e educandos. Isto é, levar em conta as dimensões Bio-Psico-Sócio-Espiritual do ser humano.  Formação, Educação e desenvolvimento. Bem educar é tirar de dentro da pessoa o melhor que ela tem a oferecer. Educar é tirar, puxar, e não enfiar ou socar.  Bem estar emocional, dando condições para que o outro se desenvolva num ambiente normal, alegre, que tenha paz e equilíbrio visando a saúde mental dele.  Bem estar social, permitindo que o outro tenha espaço para conhecer pessoas, que se relacione com elas, de modo que aprenda a apreciar e respeitar os diferentes.  Bem estar espiritual, proporcionando o conhecimento de Deus para despertar o respeito consciente ao Criador e suas criaturas.  Direitos dos pais e familiares responsáveis:  Você tem direito a ter uma noite de sono, sem ficar preocupado, sem ser acordado.  Você tem direito a morar numa casa limpa, receber cooperação e cortesia em sua casa.  Você tem direito a não ser desconsiderado nem maltratado.  Ajude seu familiar a aprender sobre os direitos dos outros.  Se você não fizer seus direitos serem respeitados, não poderá exigir que outros, nem mesmo seus filhos, o respeitem. Ser guia, orientador e legislador é nortear a conduta do filhos e de-mais familiares, criando regras ou leis que devam ser respeitadas por direito, e que vão pre-pará-los para enfrentar e vencerem o mundo em que vivem.  Ser amigo de alguém é ajudá-lo a ser a pessoa certa para si mesmo e para o mundo. O QUE ACONTECEU POR ACREDITARMOS NOS PRECEITOS EQUIVOCADOS DE “SÉCULO DA CRIANÇA”, “SUA MAJESTADE O BEBÊ” e “PODER JOVEM”: PAIS E EDUCADORES PERDIDOS FRACASSADOS E CULPADOS TRAUMA EM VEZ DE EXPERIÊNCIA GERAÇÃO ALIENADA E VIOLENTA Prevenção : O papel da família 1) Evitar, dentro da família as chamadas adicções sociais, uso abusivo de bebidas alco-ólicas, cigarro, medicações (pílulas para dormir ou emagrecer), intoxicação com o trabalho, comer demais, comprar demais, jogar demais, etc. 2) Apoiar e respeitar a individualidade, despertando no filho o senso crítico, a coerência e a tolerância. 3) Conhecer os amigos dos filhos e aproximá-los de sua casa, observando-os, assim como também procurar conhecer a família dos mesmos. 4) Não exigir da escola papéis que não lhe são pertinentes, mas sim procurar ter uma participação ativa e cooperativa junto à mesma. 5) Capacitá-los a resistir as pressões do grupo (amigos == família paralela). 6) Ser ouvinte confiável dos filhos, para que na busca de solução dos seus problemas eles procurem ajuda primeiro dentro da família. Serenidade, sigilo e compreensão. 7) Atualizar-se sobre os fatores de risco presentes na sociedade que ameaçam os jo-vens, para saber orientá-los quanto aos fatores de proteção. 8) Procurar conhecer, para abordar com naturalidade, drogas, efeitos e conseqüências, sem assumir uma atitude de terror. Orientá-los sobre os assuntos "tabus", como sexo. 9) Reavaliar os valores rígidos, muitas vezes presentes na família, em um dos pais ou ambos. Corrigir-se quanto a preconceitos, intolerância e resistência às mudanças. 10) Evitar tanto o autoritarismo quanto a permissividade e a complacência. 11) Instituir o diálogo na família. Ouvir ativamente e pensar bem antes de falar. 12) Prevenir - valorizando o saudável, ajudando-os a fortalecerem-se para vencer as frus-trações, enfatizando o amor à vida e elevando a auto-estima. O que é comum acontecer em muitas famílias: 13) Comportamentos compulsivos e abusivos (fumar, uso de bebida alcoólica, compul-sividade para comer, comprar, intoxicação com o trabalho). 14) Automedicação (consumo de medicações inserido no sistema de comunicação fami-liar: uso de pílulas para dormir, para emagrecer). 15) Cegueira familiar (tempo de latência entre o início do uso de drogas, a descoberta pela família e a busca de ajuda). 16) Transgressões (em relação com a lei, com a justiça, atos fraudulentos, violentos, co-metidos ou apoiados por membros da família). 17) Mensagens duplas (os pais se contradizem entre o discurso e a prática). 18) Impedimento ao crescimento do indivíduo, desrespeito à sua individuação. 19) Tendência permissiva e superprotetora por parte de um dos pais ou ambos. 20) Agressividade que pode levar os pais a serem temidos pelos filhos. 21) Falta de diálogo. 22) Falta de informação sobre o prazer e os malefícios das drogas. Não se trata de culpar os pais, mas sim de alertá-los sobre seus papéis e comportamentos inadequados. Texto elaborado pela Psic. Rozinez Aparecida Lourenço (CFT-FEBRACT ). FATORES QUE FACILITAM A OBTENÇÃO DE MUDANÇAS • Ame seu familiar pelo que ele é e pelo que ele ainda pode vir a ser, e não pelo que você gostaria que ele fosse; • Estabeleça regras claras e as conseqüências para qualquer quebra delas; • Inclua nas regras todos os membros da família e não apenas o “familiar desafio”; • Deixe que todos assumam responsabilidades pelo bem estar comum, de acordo com o amadurecimento e a disponibilidade de cada um; • Observe todos os familiares, tentando perceber mudanças de comportamento, para fazer a correção de rota quando as mudanças não forem para a direção desejada; • Não faça de seu “familiar desafio” a lata de lixo da família; • Quando for necessário um confronto, planeje com a ajuda do grupo de apoio. Pense no objetivo final que quer atingir. Colocá-lo sob a forma de comportamento observável torna mais fácil definir a estratégia para atingi-lo; • Defina o que irá falar, como e quando. Tenha sempre alternativas viáveis e apresente-as aos familiares, deixando que eles escolham. Os parâmetros são estabelecidos pelos pais ou responsáveis, que determinam as possibilidades. Dar aos demais familiares a direito de escolher compromete-os com a escolha feita; • Faça ou proponha apenas o que estiver preparado. Não ameace. Seja firme; • Defina para si as conseqüências do não cumprimento das normas e limites estabelecidos. Esteja preparado emocionalmente para aplicar e mantê-las; • Use a criatividade e a surpresa. Caso contrário seus familiares poderão decidir que vale a pena pagar o preço pela transgressão; • Não tenha medo de manter uma punição. Não receie o julgamento social. É melhor, nesse caso, ser considerado severo do que passivo e omisso; • Prepare-se para ouvir desculpas, promessas e ameaças. Mantenha-se firme; • Não se preocupe com as reações dos outros frente ao novo comportamento. Ao perceber que ele se mantém, a raiva e as ameaças deixam de existir; • Não tenha pena de seus familiares. Pense que para restabelecer a saúde é preciso um remédio e que seu sabor nem sempre é agradável; • Permita que seus familiares arquem com as conseqüências de seus atos. Pense que essa é a forma de modificar sua conduta e torná-los mais responsáveis; • Não ceda nos pontos essenciais, mesmo que a opção de seus familiares seja não aceitá-los. Esteja preparado para ajudá-los quando precisarem. • Dialoguem os responsáveis - pai e mãe - na mesma linguagem. Fortaleçam os seus pontos concordantes, unam-se e apóiem-se mutuamente; • Aprenda a ouvir seus familiares; • Pense bem antes de decidir e, uma vez tomada a decisão, mantenha-na; • Cumpra as suas promessas. Prometa apenas o que poderá cumprir; • Concentre-se no positivo. Procure encontrar todos os dias, pelo menos um fato para elogiar em seus familiares; • Abra espaço para o contato físico. Rompa a barreira do distanciamento aos poucos; • Seja honesto. Não deixe a emoção mascarar a verdade nem a avaliação dos fatos; • Dê opções. Ao invés de lembrar das proibições, mostre aos seus familiares o que eles podem fazer alternativamente, o bom e o saudável; • Propicie a seus familiares o contato com modelos positivos e estimule o comportamento desejado; • Discuta problemas com seus familiares, comprometa cada um com a solução que ele sugerir, permita-se ser feliz, pois o caminho é longo e não é fácil percorrê-lo; • Lembre-se de que as pessoas são mais importantes do que as regras; A prioridade é o respeito pelo indivíduo; • Faça da cortesia o lema da sua família: • Expresse honestamente os seus pensamentos e sentimentos, de maneira calma e tranqüila e incentive que todos o façam; • Permita a si mesmo e a seus familiares a oportunidade de errar e tentar novamente, percebendo a importância da compreensão do erro; • Tenha momentos de convívio familiar em atividades prazerosas, quando não será permitido falar dos problemas, mesmo que sejam apenas no horário das refeições; • Tenha coragem para arriscar-se a viver sóbrio; • Dê informações corretas. sobre assuntos que possam gerar insegurança; • Encoraje seu filho a ser responsável e respeitado; • Crer em um Ser Superior substitui o medo pela fé e a incerteza pela confiança; “Devemos ensinar nossos filhos a amar as pessoas e usar coisas e não a amar as coisas e usar as pessoas” “As famílias felizes são parecidas (em seus valores); e as infelizes, são infelizes cada uma a seu modo” “Boas famílias, até mesmo as melhores, ficam “fora da rota” 90 por cen-to do tempo! O segredo é que elas tem um senso de destinação. Conhecem a “trilha” e estão sempre corrigindo o curso, de novo e de novo.” “A esperança não jaz nos desvios, mas na visão, no plano e na habilidade de corrigir o curso” Contribuição recebida da REGIONAL DA ALTA MOGIANA, Franca, São Paulo REFLEXÕES SOBRE AS DESIGUALDADES DE PAPÉIS 1. Examinando o uso que tenho feito daquilo que já aprendi no Amor-Exigente: - Segui a metodologia do Amor-Exigente nas reuniões anteriores? - Tenho partilhado minha vivência com sinceridade? - Estudei os princípios e fiz reflexões buscando vivê-los pessoalmente? 2. Examinando MEUS PAPÉIS com base no 4° Princípio: - Qual é o verdadeiro papel a mim reservado? (Responsabilidade em cada contexto) - O que quero para mim, meu cônjuge, meus filhos e minha família? - Percebi a extensão de minha Autoridade? (Cônjuge, pai, mãe, responsável sóbrio) - Percebi que devo ser Modelo, Guia, Orientador e Legislador? - Percebi que devo nortear a conduta de meus familiares? (Dep. Quim. e dos demais) 3. Examinando a MINHA ATUAÇÃO com base no 4° Princípio: - Nós somos como nossa família nos educou. Com quem eu sou mais parecido? - Onde EU posso melhorar? - Escuto os medos, dúvidas, incertezas, fraquezas de meus familiares? (O dependente químico e os demais) - Falo demais? Ou de menos? - Ajo mais do que falo? Ou faço o contrário? - Analiso, Percebo e Valorizo as minhas qualidades? - Analiso, Percebo e Valorizo as qualidades de meus familiares? (Do dependente químico e dos demais) - Exerço ou Perdi minha Autoridade? (Cônjuge, pai, mãe, responsável sóbrio) - Estou norteando a conduta de meus familiares? (O dependente químico e os demais) 4. Qual tipo de Modelo, Guia, Orientador e Legislador estou sendo. - Construtivo ou Destrutivo? - Agindo desta maneira, estou ajudando ou atrapalhando meu crescimento, do meu cônjuge, filhos e demais familiares? - Faço muitas concessões? Sou condescendente ou permissivo? - Levo a vida, ou é ela que me leva? - Tenho objetivos claros e um sentido para minha vida? - Cuido de alimentar meu espírito da mesma maneira que alimento meu corpo? Nossa família é como um barco. Se naufragar também me afogo. Tenho coragem para mergulhar e remover as cracas do casco? Conduzo com Amor, Firmeza e Sabedoria, baseado nos valores éticos e morais nos quais acredito? Aquilo que tenho pena de ensinar a meu educando a vida vai ensiná-lo às duras penas. Duras para ele, para meus familiares e para mim. PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS! PROFESSORES E ALUNOS NÃO SÃO IGUAIS! EU E VOCÊ NÃO SOMOS IGUAIS! NEM Melhores, NEM Piores! Apenas temos Papéis, Funções, Deveres e Direitos diferentes. Como Fazer Para Viver o AMOR-EXIGENTE INFORMAR-SE -> REFLETIR -> QUESTIONAR -> POSICIONAR-SE -> NOVO AGIR Perguntas auxiliares para reflexão e escolha da META semanal 1) Na Primeira Semana - Enfoque: "O Indivíduo - Eu" 1.1) Você tem consciência dos papéis que exerce? Cite os 5 papéis mais importantes. 1.2) Você sabe qual é a autoridade e responsabilidade de cada papel? Como acha que vem exercendo? 1.3) Pense em SEUS VALORES. Quais precisam ser revistos para VOCÊ VIVER SEU PRÓPRIO processo terapêutico de recuperação da sobriedade? 1.4) Em qual papel precisa melhorar mais? Em que aspectos acha que deve mudar para desempenhar melhor este seu papel? 1.5) Qual sua meta pessoal para começar a agir como se trabalhasse numa EQUIPE DE RECUPERAÇÃO, visando a sua sobriedade e a dos seus familiares? 2) Na Segunda Semana - Enfoque: "O Outro - a Família" O "outro" pode ser o nosso cônjuge, os nossos filhos, familiares, alguém que convive conosco e que queremos ajudar. Aqueles por quem nutrimos sentimentos de amor. 2.1) Ele (ou ela) está consciente dos seus papéis mais importantes? Como é que ele (ou ela) vê isto? Como se vê isto? 2.2) Ele (ou ela) enxerga a autoridade e responsabilidade dos seus papéis do mesmo mo-do como você? Acha que é maior ou menor? 2.3) Como você pode ajudá-lo(a) a corrigir-se para melhor exercer seus papéis? 2.4) Defina uma meta para começar a transformar seu lar e seu ambiente familiar num AMBIENTE TERAPÊUTICO, como visto nos textos anteriores. 3) Terceira Semana - Enfoque: "A Sociedade" A "sua Sociedade" é o conjunto dos meios de comunicação, dos ambientes e pessoas externas à sua casa com os quais mantém contatos, relações, vínculos e interações. Tudo aquilo que influencia seu modo de pensar e agir e, ou, que pode ser influenciado por ele. 3.1) Você percebeu se as pessoas na sociedade, como regra geral, são conscientes dos seus papéis? Exemplifique um caso real que tenha levado você a esta opinião. 3.2) Cite dois casos de papéis mal cumpridos na sociedade que lhe desrespeitem e lhe prejudiquem. 3.3) O que você pode fazer para que os membros da sociedade ao seu redor cumpram melhor seus papéis? 3.4) Defina uma meta para trabalhar até a próxima semana contribuindo com a melhoria dos papéis e valores da sociedade à sua volta. RESPEITAR E CUMPRIR AS REGRAS DOS GRUPOS SOCIAIS ONDE VIVE E ATUA. NO MOVIMENTO AMOR-EXIGENTE, CUMPRIR O ESTATUTO E O REGIMENTO DA FEAE. - AS INSTITUIÇÕES NÃO SOBREVIVEM SEM REGRAS Seja o que for, família, associações, negócios, empresas, governo, não atingirão seus fins nem terão qualidade se suas regras não forem cumpridas por seus membros. As regras são feitas para as pessoas e não o contrário. Se não aceitar o porquê das regras, não faça parte. Mas, se fizer parte, faça-o por inteiro. - DIGNIFICAR O “SEU NOME” E O DO "AMOR-EXIGENTE" Ao apresentar-se como membro de uma instituição, tal como de uma família ou do A-E, lembrar que os outros vão avaliar a instituição a partir da sua imagem, e que a pri-meira imagem é a que fica. Conhecer as tradições, os valores, a missão e a visão. Man-ter atitudes e comportamentos íntegros, moderados, respeitosos e coerentes. Conservar a simplicidade e a humildade, mas com elegância e altivez. Não permitir que nossos impulsos nos levem a polemizar questões controversas, discussões inúteis e sem solução, assuntos ainda não estudados devidamente e inconclu-sos, nem bate-bocas de baixo nível. Não comparar nem criticar outras propostas. Não considerar questões levantadas contra o A-E como questões contra nossa pes-soa. Praticar e dar exemplo de assertividade. Preservar nossa eqüidistância, o “desliga-mento emocional” e a “serenidade profissional”. Lembrar: O A-E não me pertence. - SEGUIR A METODOLOGIA PADRONIZADA PELA FEDERAÇÃO Só falar sobre o A-E aquilo que temos certeza, esclarecer primeiro e só falar depois. Buscar na literatura oficial, junto ao Coordenador Regional ou diretamente com a FEAE, os esclarecimentos necessários para dirimir dúvidas e esclarecer conceitos. Consulte as apostilas sobre o 9° Princípio - Grupo de Apoio. - CADASTRO E ESTATÍSTICA MENSAL Sem conhecimento estatístico da freqüência aos Grupos de AE, a FEAE não tem como elaborar seus próprios estudos sobre problemas de crescimento e atendimento, in-formar às autoridades e a outros centros de estudos sobre a real dimensão do movimento. O Coordenador Geral do Grupo tem, dentre suas atribuições, o registro das presenças e a informação mensal ao Regional da FEAE através do formulário padronizado. - MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO O Amor-Exigente não cobra pelos serviços prestados, por isto a FEAE precisa ser mantida a partir da colaboração financeira dos grupos. É a nossa co-responsabilidade na preservação e crescimento do movimento. É oportunidade para praticar gratidão e cida-dania. MACONHA Foi introduzida no Brasil no século XVII (1600) para a produção de fibras. Os escra-vos usavam para fumar. Existem registros médicos chineses datados de 2.737 A.C. A 1000 anos atrás já era fumada em rituais religiosos na Ásia e África e de que guerreiros árabes mercenários lutavam ferozmente e matavam cruelmente sob efeito do haxixe. Eram os “haschichins”, termo que deu origem à palavra assassino. Vem da planta Cannabis Sativa (Cânhamo verdadeiro) e contém mais de 400 substân-cias químicas. Uma delas, o THC (delta 9-TetraHidroCanabinol), um psicodisléptico (alucinóge-no), é a responsável pelos principais efeitos psicoativos, embora contenha 60 outras Substâncias Psico-Ativas canabinóides. Também tem alcatrão. Sua fumaça tem as mesmas substâncias cance-rígenas do tabaco, só que em quantidade 60% maior. Maconha é o nome brasileiro dado às flores e folhas secas da Cannabis Sativa. É co-nhecida popularmente como: marijuana, epadu, erva, fumo, bagulho, baseado, fininho, manga rosa, liamba, mulatinho. Na década de 60 apresentava de 0,5% a 1,4% de teor do THC. Na déca-da de 80 a Cannabis Sativa foi modificada geneticamente gerando espécies, como o Skank, com teor de 20% de THC. Quando é preparada com o óleo (resina) extraído das flores e folhas, formando bolotas, recebe o nome de Hashishe (ou Haxixe) bem mais concentrada e prejudicial. Pode ser fumada (ação mais rápida) ou ingerida via oral (ação mais lenta). São instrumentos de uso: sedas, pinça, pilão, palha, babilaque, marica, caixa de fósfo-ros e tubo de caneta queimada, cachimbos, narguilé, tubos de filme fotográfico. Mais o colírio descongestionante. Não se pode dizer que todos que fumam maconha querem sentir as mesmas coisas, mas alguns dos efeitos buscados podem ser: Tranqüilidade, pois muitos do que usam maconha se sentem mais calmos e relaxados; Diversão e descontração, a pessoa ri por qualquer motivo; Busca de um maior prazer sexual (isto não ocorre, na verdade); Maior sensibilidade ao som (ficar cur-tindo ou “viajando” uma música por exemplo); Maior sensibilidade ao gosto cria uma fome quí-mica (a famosa "larica" ); Ficar "morgando" (vontade de não fazer nada); Ficar " viajando" em algum objeto, pela sensibilidade visual fica aumentada (vê o inexistente). O uso em grupo cria uma falsa sensação de sociabilidade, sem que se criem amizades verdadeiras (quando um para de usar é deixado de lado, “não tem mais nada a ver”). Os efeitos físicos imediatos não são muitos: os olhos ficam ligeiramente avermelhados (hipere-mia da conjuntiva ), a boca fica seca (xerostomia) e o coração dispara (de 60 a 80 por minuto, pode chegar a mais de 140). Os efeitos psíquicos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uns sensação de calma e relaxamento, menos cansaço e von-tade de rir. Para outros, tremor, sudorese, sensação de angústia, confusão mental, medo de perder o controle mental (bad trip/ má viagem, bode). Diminui o equilíbrio e a força muscular. Diminui os reflexos, prolonga os efeitos do ofuscamento visual, reduz a habilidade de rastreamento (a-companhar objetos com os olhos). Os efeitos físicos crônicos (do uso continuado) da maconha são mais graves. No homem o uso prolongado de maconha pode provocar uma diminuição da testosterona (hormônio dos músculos, da voz grossa, barba, responsável pela produção de espermatozóides). Na mulher pode trazer alte-rações hormonais chegando até a inibição da ovulação. Causa lesões na traquéia e brônquios. Po-de afetar os pulmões (a fumaça é muito irritante) do mesmo modo que o cigarro, sendo comuns
Amor-Exigente: um caminho com qualidade de vida. Para coordenadores e frequentadores de grupos de Amor-Exigente. Pais e filhos Não São Iguais Aquelas pessoas que hoje têm em torno de 35 anos e os que possuem mais, tiveram sem dúvida alguma uma educação centrada no respeito e na obediência aos seus pais. E este modelo de educação, tinha nos pais o centro pela qual movia-se a família. Bastava um olhar para entender o recado, quando tinha visitas aparecer na sala somente para cumprimentar os visitantes. E aí, vieram os filhos dos filhos que tiveram este tipo de educação e, alguns, se não a maioria, resolveu que agora tudo seria diferente. Não trataria os seus filhos da mesma forma que os seus pais o trataram. Seriam mais democráticos, dar maiores liberdades, enfim, ser mais “amigos” dos seus filhos. E para reforçar esta “nova forma” de educação, os psicólogos, psicanalistas, psicoterapeutas, defenderam a teoria de que os filhos precisavam de maior liberdade para encontrar o melhor caminho, terem as suas próprias experiências, onde a educação não fosse repressora e que em casa, houvesse maior diálogo e a oportunidade do confronto de idéias. Grande parte destes que defenderam esta teoria, após uma reflexão do que aconteceu com a sociedade, viram que houve um erro de rota e que o barco estava afundando num mar onde os principais valores que o sustentavam como, respeito, verdade, dignidade, honra, amor e ética, deixaram de manter este barco na superfície. Ao procurar diminuir as diferenças, pregou-se a necessidade de que pais e filhos precisavam ser amigos, esquecendo-se de que os filhos precisavam era de alguém muito mais do que amigo, precisavam de referência para as suas vidas. Amigos, os jovens têm na escola e na rua, enquanto que em casa eles precisam de referenciais, para que possam ter um norte a seguir quando estiverem na rua. E aí, que a frase “Os pais precisam ser pais para que os filhos possam ser filhos”, possuem uma importância fundamental no estudo deste princípio. Tal afirmação, não deseja pregar o autoritarismo no relacionamento pais e filhos, ao contrario, quer é que os pais exerçam a sua autoridade tendo sempre em mente que a harmonia deve estar centrada no que somos “Amor-Exigente”. E quando os pais estão cientes do papel que devem exercer em seus lares, buscando a harmonia, o respeito, a confiança, os deveres, os limites e as obrigações de cada membro da família, estará exercendo o seu papel com dignidade e contribuindo para que os seus filhos tenham estes mesmos valores quando tiverem a sua própria família. Quando os papéis de pais e filhos são entendidos como complementares um do outro, não como opostos, as diferenças que existem complementam, acrescentam, para que cada um possa ter o seu lugar bem definido. E neste entendimento mútuo familiar, o fato de pais e filhos não serem iguais pode ser entendido como soma, partilha e não como confronto. Enquanto pais precisamos dar condições para o aprendizado dos nossos filhos com a mesma energia para deixá-los assumirem as responsabilidades dos atos que tomarem. E o aprendizado que este princípio deixa para os pais é a busca diária da honestidade como fator preponderante como base nas relações no lar. Como pais e não como super-homens não têm uma resposta para tudo, mas vamos buscá-la tendo valores espirituais como fonte para nutrir nossas relações com os nossos filhos, propiciando-lhes condições de crescimento para que ocupem seu lugar no mundo da melhor forma possível. Tenha sempre em mente: Se você não for a referência ou um modelo para os seus filhos, os amigos da rua poderão ocupar este espaço. Querendo ser amigo, por vezes esquecemos de ser pais.
Espiritualidade: Pais e Filhos não são iguais Para fazer uma meditação sobre o 4º principio, trazemos um dos mais belos trechos bíblicos que está no Eclesiástico. Nesta passagem é descrita de uma forma simples os papéis, funções e relacionamentos dentro de uma família. Eis o trecho: 1. "Escutem-me, filhos, porque eu sou o pai de vocês. Façam o que lhes digo, e serão salvos. 2. O Senhor quer que o pai seja honrado pelos filhos, e confirma a autoridade da mãe sobre os filhos. 3. Quem honra o próprio pai alcança o perdão dos pecados, 4. e quem respeita sua mãe é como quem ajunta um tesouro. 5. Quem honra seu pai será respeitado pelos seus próprios filhos, e quando rezar será atendido. 6. Quem honra o seu pai terá vida longa, e quem obedece ao Senhor dará alegria à sua mãe. 7. Quem teme ao Senhor, honra seus pais, e serve a eles como se fossem seus patrões. 8. Honre a seu pai em atos e palavras, para que a bênção dele venha sobre você. 9. A bênção do pai consolida a casa dos filhos, mas a maldição da mãe arranca os alicerces. 10. Não se vanglorie com a desonra de seu pai, porque você não conseguirá honra nenhuma com a desonra de seu pai. 11. Pois a glória do homem está na honra do seu pai, e a desonra da mãe é vergonha para os filhos. 12. Meu filho, cuide de seu pai na velhice, e não o abandone enquanto ele viver. “Lembrai-vos do que a cada pai e a cada mãe Deus perguntará: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?” Santo Agostinho