domingo, 30 de março de 2014

Pais Filhos Não São Iguais. Cláudio N. Lugo





MÊS DE ABRIL

4o Princípio Básico do Amor-Exigente

Pais e Filhos Não São Iguais. (APAEX)
                   
Prezado companheiro de Amor-Exigente:
Nesta página você tem a proposta de cronograma para utilização do conteúdo da apostila. Está prevista uma META COMUM semanal, para todos: Que os textos sejam estudados em casa previamente. Sugere-se, também, uma seqüência de atividades duran-te as reuniões semanais do Grande Grupo (Grupão) e dos Pequenos Grupos (Subgrupos). Estude semanalmente o texto sobre drogas das páginas 9 e 10. Esclareça suas dúvidas.
Na primeira semana: Enfocar o “EU” interior e o “EU” exterior de si mesmo: O Real e o Aparente.
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento e o significado dos textos do livro e de como viver a proposta.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 7: Responder as perguntas do “Item 1)” e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar as páginas 2 e 3 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião.
Na segunda semana: Enfocar “A FAMÍLIA - O OUTRO”
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo, feito em casa, das páginas 2 e 3 da apostila.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 7: Responder as perguntas do “Item 2)” e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar as páginas 4 a 6 da apostila. Trazer questões para a próxima reunião.
Na terceira semana: Enfocar “A Sociedade”
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo, feito em casa, das páginas 4 a 6 da apostila.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 7: Responder as perguntas do “Item 3)” e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar a página 8,9 e 10 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião.
Na quarta semana: A Ética dentro e fora do Grupo de Apoio de Amor-Exigente.
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo, feito em casa, da página 8 da apostila.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Escolher a meta individual para vivenciar o Amor-Exigente durante a próxima semana.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar o 5° Princípio págs. 29, 55, 80 pelo livro texto “O Que é Amor-Exigente” de ca-pa azul e págs. 40 ,81 ,120 pelo de capa verde. Refletir sobre seus significados. Trazer questionamentos e interpretações para a reunião.
- Procure ler também sobre o 5° Princípio nos livros “Mostrar Caminhos” de José Neube Brigagão, “Só por hoje, Amor-Exigente” de Beatriz Silva Ferreira e “Amor-Exigente, espiritualidade, uma nova vida” de Marina e Helio Caetano Drummond.


(-) Diminua em sua vida: (+)Aumente em sua vida:
• Rebeldia • Respeito
• Agressividade • Autoridade
• Permissividade • Hierarquia
• Confusão • Dever
• Desordem • Ordem
• Condescendência
 Temos que ser cuidadores, guias, orientadores e legisladores. Ser amigo, não significa deixar o outro fazer tudo. Para que haja discípulo é necessário que haja um mestre. Amigos, to-dos têm muitos. Bons exemplos, às vezes nenhum.
 Ser educador é mostrar caminhos, que só são mostrados pela autoridade. Autoridade é força moral conquistada a custo de imposições que os educadores fizeram antes a si mesmo. Diante de um fato se faz necessário, primeiro, reflexão e ação. Só depois vem a falação.
 Os pais e familiares responsáveis devem promover:
 Segurança e garantia de sobrevivência.
 Construção da saúde integral dos filhos, dependentes e educandos. Isto é, levar em conta as dimensões Bio-Psico-Sócio-Espiritual do ser humano.
 Formação, Educação e desenvolvimento. Bem educar é tirar de dentro da pessoa o melhor que ela tem a oferecer. Educar é tirar, puxar, e não enfiar ou socar.
 Bem estar emocional, dando condições para que o outro se desenvolva num ambiente normal, alegre, que tenha paz e equilíbrio visando a saúde mental dele.
 Bem estar social, permitindo que o outro tenha espaço para conhecer pessoas, que se relacione com elas, de modo que aprenda a apreciar e respeitar os diferentes.
 Bem estar espiritual, proporcionando o conhecimento de Deus para despertar o respeito consciente ao Criador e suas criaturas.
 Direitos dos pais e familiares responsáveis:
 Você tem direito a ter uma noite de sono, sem ficar preocupado, sem ser acordado.
 Você tem direito a morar numa casa limpa, receber cooperação e cortesia em sua casa.
 Você tem direito a não ser desconsiderado nem maltratado.
 Ajude seu familiar a aprender sobre os direitos dos outros.
 Se você não fizer seus direitos serem respeitados, não poderá exigir que outros, nem mesmo seus filhos, o respeitem. Ser guia, orientador e legislador é nortear a conduta do filhos e de-mais familiares, criando regras ou leis que devam ser respeitadas por direito, e que vão pre-pará-los para enfrentar e vencerem o mundo em que vivem.
 Ser amigo de alguém é ajudá-lo a ser a pessoa certa para si mesmo e para o mundo.
O QUE ACONTECEU POR ACREDITARMOS NOS PRECEITOS EQUIVOCADOS DE
“SÉCULO DA CRIANÇA”, “SUA MAJESTADE O BEBÊ” e “PODER JOVEM”:
PAIS E EDUCADORES PERDIDOS FRACASSADOS E CULPADOS
TRAUMA EM VEZ DE EXPERIÊNCIA GERAÇÃO ALIENADA E VIOLENTA


Prevenção : O papel da família
1) Evitar, dentro da família as chamadas adicções sociais, uso abusivo de bebidas alco-ólicas, cigarro, medicações (pílulas para dormir ou emagrecer), intoxicação com o trabalho, comer demais, comprar demais, jogar demais, etc.
2) Apoiar e respeitar a individualidade, despertando no filho o senso crítico, a coerência e a tolerância.
3) Conhecer os amigos dos filhos e aproximá-los de sua casa, observando-os, assim como também procurar conhecer a família dos mesmos.
4) Não exigir da escola papéis que não lhe são pertinentes, mas sim procurar ter uma participação ativa e cooperativa junto à mesma.
5) Capacitá-los a resistir as pressões do grupo (amigos == família paralela).
6) Ser ouvinte confiável dos filhos, para que na busca de solução dos seus problemas eles procurem ajuda primeiro dentro da família. Serenidade, sigilo e compreensão.
7) Atualizar-se sobre os fatores de risco presentes na sociedade que ameaçam os jo-vens, para saber orientá-los quanto aos fatores de proteção.
8) Procurar conhecer, para abordar com naturalidade, drogas, efeitos e conseqüências, sem assumir uma atitude de terror. Orientá-los sobre os assuntos "tabus", como sexo.
9) Reavaliar os valores rígidos, muitas vezes presentes na família, em um dos pais ou ambos. Corrigir-se quanto a preconceitos, intolerância e resistência às mudanças.
10) Evitar tanto o autoritarismo quanto a permissividade e a complacência.
11) Instituir o diálogo na família. Ouvir ativamente e pensar bem antes de falar.
12) Prevenir - valorizando o saudável, ajudando-os a fortalecerem-se para vencer as frus-trações, enfatizando o amor à vida e elevando a auto-estima.
O que é comum acontecer em muitas famílias:
13) Comportamentos compulsivos e abusivos (fumar, uso de bebida alcoólica, compul-sividade para comer, comprar, intoxicação com o trabalho).
14) Automedicação (consumo de medicações inserido no sistema de comunicação fami-liar: uso de pílulas para dormir, para emagrecer).
15) Cegueira familiar (tempo de latência entre o início do uso de drogas, a descoberta pela família e a busca de ajuda).
16) Transgressões (em relação com a lei, com a justiça, atos fraudulentos, violentos, co-metidos ou apoiados por membros da família).
17) Mensagens duplas (os pais se contradizem entre o discurso e a prática).
18) Impedimento ao crescimento do indivíduo, desrespeito à sua individuação.
19) Tendência permissiva e superprotetora por parte de um dos pais ou ambos.
20) Agressividade que pode levar os pais a serem temidos pelos filhos.
21) Falta de diálogo.
22) Falta de informação sobre o prazer e os malefícios das drogas.
Não se trata de culpar os pais, mas sim de alertá-los
sobre seus papéis e comportamentos inadequados.
Texto elaborado pela Psic. Rozinez Aparecida Lourenço (CFT-FEBRACT ).

FATORES QUE FACILITAM
A OBTENÇÃO DE MUDANÇAS
• Ame seu familiar pelo que ele é e pelo que ele ainda pode vir a ser, e não pelo que você gostaria que ele fosse;
• Estabeleça regras claras e as conseqüências para qualquer quebra delas;
• Inclua nas regras todos os membros da família e não apenas o “familiar desafio”;
• Deixe que todos assumam responsabilidades pelo bem estar comum, de acordo com o amadurecimento e a disponibilidade de cada um;
• Observe todos os familiares, tentando perceber mudanças de comportamento, para fazer a correção de rota quando as mudanças não forem para a direção desejada;
• Não faça de seu “familiar desafio” a lata de lixo da família;
• Quando for necessário um confronto, planeje com a ajuda do grupo de apoio. Pense no objetivo final que quer atingir. Colocá-lo sob a forma de comportamento observável torna mais fácil definir a estratégia para atingi-lo;
• Defina o que irá falar, como e quando. Tenha sempre alternativas viáveis e apresente-as aos familiares, deixando que eles escolham. Os parâmetros são estabelecidos pelos pais ou responsáveis, que determinam as possibilidades. Dar aos demais familiares a direito de escolher compromete-os com a escolha feita;
• Faça ou proponha apenas o que estiver preparado. Não ameace. Seja firme;
• Defina para si as conseqüências do não cumprimento das normas e limites estabelecidos. Esteja preparado emocionalmente para aplicar e mantê-las;
• Use a criatividade e a surpresa. Caso contrário seus familiares poderão decidir que vale a pena pagar o preço pela transgressão;
• Não tenha medo de manter uma punição. Não receie o julgamento social. É melhor, nesse caso, ser considerado severo do que passivo e omisso;
• Prepare-se para ouvir desculpas, promessas e ameaças. Mantenha-se firme;
• Não se preocupe com as reações dos outros frente ao novo comportamento. Ao perceber que ele se mantém, a raiva e as ameaças deixam de existir;
• Não tenha pena de seus familiares. Pense que para restabelecer a saúde é preciso um remédio e que seu sabor nem sempre é agradável;
• Permita que seus familiares arquem com as conseqüências de seus atos. Pense que essa é a forma de modificar sua conduta e torná-los mais responsáveis;
• Não ceda nos pontos essenciais, mesmo que a opção de seus familiares seja não aceitá-los. Esteja preparado para ajudá-los quando precisarem.
• Dialoguem os responsáveis - pai e mãe - na mesma linguagem. Fortaleçam os seus pontos concordantes, unam-se e apóiem-se mutuamente;
• Aprenda a ouvir seus familiares;
• Pense bem antes de decidir e, uma vez tomada a decisão, mantenha-na;
• Cumpra as suas promessas. Prometa apenas o que poderá cumprir;
• Concentre-se no positivo. Procure encontrar todos os dias, pelo menos um fato para elogiar em seus familiares;
• Abra espaço para o contato físico. Rompa a barreira do distanciamento aos poucos;
• Seja honesto. Não deixe a emoção mascarar a verdade nem a avaliação dos fatos;
• Dê opções. Ao invés de lembrar das proibições, mostre aos seus familiares o que eles podem fazer alternativamente, o bom e o saudável;
• Propicie a seus familiares o contato com modelos positivos e estimule o comportamento desejado;
• Discuta problemas com seus familiares, comprometa cada um com a solução que ele sugerir, permita-se ser feliz, pois o caminho é longo e não é fácil percorrê-lo;
• Lembre-se de que as pessoas são mais importantes do que as regras; A prioridade é o respeito pelo indivíduo;
• Faça da cortesia o lema da sua família:
• Expresse honestamente os seus pensamentos e sentimentos, de maneira calma e tranqüila e incentive que todos o façam;
• Permita a si mesmo e a seus familiares a oportunidade de errar e tentar novamente, percebendo a importância da compreensão do erro;
• Tenha momentos de convívio familiar em atividades prazerosas, quando não será permitido falar dos problemas, mesmo que sejam apenas no horário das refeições;
• Tenha coragem para arriscar-se a viver sóbrio;
• Dê informações corretas. sobre assuntos que possam gerar insegurança;
• Encoraje seu filho a ser responsável e respeitado;
• Crer em um Ser Superior substitui o medo pela fé e a incerteza pela confiança;
“Devemos ensinar nossos filhos a amar as pessoas e usar coisas e não a amar as coisas e usar as pessoas”
“As famílias felizes são parecidas (em seus valores); e as infelizes, são infelizes cada uma a seu modo”
“Boas famílias, até mesmo as melhores, ficam “fora da rota” 90 por cen-to do tempo! O segredo é que elas tem um senso de destinação. Conhecem a “trilha” e estão sempre corrigindo o curso, de novo e de novo.”
“A esperança não jaz nos desvios, mas na visão, no plano e na habilidade de corrigir o curso”
Contribuição recebida da REGIONAL DA ALTA MOGIANA, Franca, São Paulo

REFLEXÕES SOBRE AS DESIGUALDADES DE PAPÉIS
1. Examinando o uso que tenho feito daquilo que já aprendi no Amor-Exigente:
- Segui a metodologia do Amor-Exigente nas reuniões anteriores?
- Tenho partilhado minha vivência com sinceridade?
- Estudei os princípios e fiz reflexões buscando vivê-los pessoalmente?
2. Examinando MEUS PAPÉIS com base no 4° Princípio:
- Qual é o verdadeiro papel a mim reservado? (Responsabilidade em cada contexto)
- O que quero para mim, meu cônjuge, meus filhos e minha família?
- Percebi a extensão de minha Autoridade? (Cônjuge, pai, mãe, responsável sóbrio)
- Percebi que devo ser Modelo, Guia, Orientador e Legislador?
- Percebi que devo nortear a conduta de meus familiares? (Dep. Quim. e dos demais)
3. Examinando a MINHA ATUAÇÃO com base no 4° Princípio:
- Nós somos como nossa família nos educou. Com quem eu sou mais parecido?
- Onde EU posso melhorar?
- Escuto os medos, dúvidas, incertezas, fraquezas de meus familiares? (O dependente químico e os demais)
- Falo demais? Ou de menos?
- Ajo mais do que falo? Ou faço o contrário?
- Analiso, Percebo e Valorizo as minhas qualidades?
- Analiso, Percebo e Valorizo as qualidades de meus familiares? (Do dependente químico e dos demais)
- Exerço ou Perdi minha Autoridade? (Cônjuge, pai, mãe, responsável sóbrio)
- Estou norteando a conduta de meus familiares? (O dependente químico e os demais)
4. Qual tipo de Modelo, Guia, Orientador e Legislador estou sendo.
- Construtivo ou Destrutivo?
- Agindo desta maneira, estou ajudando ou atrapalhando meu crescimento, do meu cônjuge, filhos e demais familiares?
- Faço muitas concessões? Sou condescendente ou permissivo?
- Levo a vida, ou é ela que me leva?
- Tenho objetivos claros e um sentido para minha vida?
- Cuido de alimentar meu espírito da mesma maneira que alimento meu corpo?
Nossa família é como um barco. Se naufragar também me afogo.
Tenho coragem para mergulhar e remover as cracas do casco?
Conduzo com Amor, Firmeza e Sabedoria, baseado nos valores éticos e morais nos quais acredito?
Aquilo que tenho pena de ensinar a meu educando a vida vai ensiná-lo às duras penas. Duras para ele, para meus familiares e para mim.
PAIS E FILHOS NÃO SÃO IGUAIS!
PROFESSORES E ALUNOS NÃO SÃO IGUAIS!
EU E VOCÊ NÃO SOMOS IGUAIS!
NEM Melhores, NEM Piores!
Apenas temos Papéis, Funções, Deveres e Direitos diferentes.


Como Fazer Para Viver o AMOR-EXIGENTE
INFORMAR-SE -> REFLETIR -> QUESTIONAR -> POSICIONAR-SE -> NOVO AGIR
Perguntas auxiliares para reflexão e escolha da META semanal
1) Na Primeira Semana - Enfoque: "O Indivíduo - Eu"
1.1) Você tem consciência dos papéis que exerce? Cite os 5 papéis mais importantes.
1.2) Você sabe qual é a autoridade e responsabilidade de cada papel? Como acha que vem exercendo?
1.3) Pense em SEUS VALORES. Quais precisam ser revistos para VOCÊ VIVER SEU PRÓPRIO processo terapêutico de recuperação da sobriedade?
1.4) Em qual papel precisa melhorar mais? Em que aspectos acha que deve mudar para desempenhar melhor este seu papel?
1.5) Qual sua meta pessoal para começar a agir como se trabalhasse numa EQUIPE DE RECUPERAÇÃO, visando a sua sobriedade e a dos seus familiares?
2) Na Segunda Semana - Enfoque: "O Outro - a Família"
O "outro" pode ser o nosso cônjuge, os nossos filhos, familiares, alguém que convive conosco e que queremos ajudar. Aqueles por quem nutrimos sentimentos de amor.
2.1) Ele (ou ela) está consciente dos seus papéis mais importantes? Como é que ele (ou ela) vê isto? Como se vê isto?
2.2) Ele (ou ela) enxerga a autoridade e responsabilidade dos seus papéis do mesmo mo-do como você? Acha que é maior ou menor?
2.3) Como você pode ajudá-lo(a) a corrigir-se para melhor exercer seus papéis?
2.4) Defina uma meta para começar a transformar seu lar e seu ambiente familiar num AMBIENTE TERAPÊUTICO, como visto nos textos anteriores.
3) Terceira Semana - Enfoque: "A Sociedade"
A "sua Sociedade" é o conjunto dos meios de comunicação, dos ambientes e pessoas externas à sua casa com os quais mantém contatos, relações, vínculos e interações. Tudo aquilo que influencia seu modo de pensar e agir e, ou, que pode ser influenciado por ele.
3.1) Você percebeu se as pessoas na sociedade, como regra geral, são conscientes dos seus papéis? Exemplifique um caso real que tenha levado você a esta opinião.
3.2) Cite dois casos de papéis mal cumpridos na sociedade que lhe desrespeitem e lhe prejudiquem.
3.3) O que você pode fazer para que os membros da sociedade ao seu redor cumpram melhor seus papéis?
3.4) Defina uma meta para trabalhar até a próxima semana contribuindo com a melhoria dos papéis e valores da sociedade à sua volta.

RESPEITAR E CUMPRIR AS REGRAS DOS GRUPOS SOCIAIS ONDE VIVE E ATUA.
NO MOVIMENTO AMOR-EXIGENTE, CUMPRIR O ESTATUTO E O REGIMENTO DA FEAE.
- AS INSTITUIÇÕES NÃO SOBREVIVEM SEM REGRAS
Seja o que for, família, associações, negócios, empresas, governo, não atingirão seus fins nem terão qualidade se suas regras não forem cumpridas por seus membros. As regras são feitas para as pessoas e não o contrário. Se não aceitar o porquê das regras, não faça parte. Mas, se fizer parte, faça-o por inteiro.
- DIGNIFICAR O “SEU NOME” E O DO "AMOR-EXIGENTE"
Ao apresentar-se como membro de uma instituição, tal como de uma família ou do A-E, lembrar que os outros vão avaliar a instituição a partir da sua imagem, e que a pri-meira imagem é a que fica. Conhecer as tradições, os valores, a missão e a visão. Man-ter atitudes e comportamentos íntegros, moderados, respeitosos e coerentes.
Conservar a simplicidade e a humildade, mas com elegância e altivez.
Não permitir que nossos impulsos nos levem a polemizar questões controversas, discussões inúteis e sem solução, assuntos ainda não estudados devidamente e inconclu-sos, nem bate-bocas de baixo nível. Não comparar nem criticar outras propostas.
Não considerar questões levantadas contra o A-E como questões contra nossa pes-soa. Praticar e dar exemplo de assertividade. Preservar nossa eqüidistância, o “desliga-mento emocional” e a “serenidade profissional”. Lembrar: O A-E não me pertence.
- SEGUIR A METODOLOGIA PADRONIZADA PELA FEDERAÇÃO
Só falar sobre o A-E aquilo que temos certeza, esclarecer primeiro e só falar depois.
Buscar na literatura oficial, junto ao Coordenador Regional ou diretamente com a FEAE, os esclarecimentos necessários para dirimir dúvidas e esclarecer conceitos.
Consulte as apostilas sobre o 9° Princípio - Grupo de Apoio.
- CADASTRO E ESTATÍSTICA MENSAL
Sem conhecimento estatístico da freqüência aos Grupos de AE, a FEAE não tem como elaborar seus próprios estudos sobre problemas de crescimento e atendimento, in-formar às autoridades e a outros centros de estudos sobre a real dimensão do movimento. O Coordenador Geral do Grupo tem, dentre suas atribuições, o registro das presenças e a informação mensal ao Regional da FEAE através do formulário padronizado.
- MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO
O Amor-Exigente não cobra pelos serviços prestados, por isto a FEAE precisa ser mantida a partir da colaboração financeira dos grupos. É a nossa co-responsabilidade na preservação e crescimento do movimento. É oportunidade para praticar gratidão e cida-dania.

MACONHA
Foi introduzida no Brasil no século XVII (1600) para a produção de fibras. Os escra-vos usavam para fumar. Existem registros médicos chineses datados de 2.737 A.C. A 1000 anos atrás já era fumada em rituais religiosos na Ásia e África e de que guerreiros árabes mercenários lutavam ferozmente e matavam cruelmente sob efeito do haxixe. Eram os “haschichins”, termo que deu origem à palavra assassino.
Vem da planta Cannabis Sativa (Cânhamo verdadeiro) e contém mais de 400 substân-cias químicas. Uma delas, o THC (delta 9-TetraHidroCanabinol), um psicodisléptico (alucinóge-no), é a responsável pelos principais efeitos psicoativos, embora contenha 60 outras Substâncias Psico-Ativas canabinóides. Também tem alcatrão. Sua fumaça tem as mesmas substâncias cance-rígenas do tabaco, só que em quantidade 60% maior.
Maconha é o nome brasileiro dado às flores e folhas secas da Cannabis Sativa. É co-nhecida popularmente como: marijuana, epadu, erva, fumo, bagulho, baseado, fininho, manga rosa, liamba, mulatinho. Na década de 60 apresentava de 0,5% a 1,4% de teor do THC. Na déca-da de 80 a Cannabis Sativa foi modificada geneticamente gerando espécies, como o Skank, com teor de 20% de THC.
Quando é preparada com o óleo (resina) extraído das flores e folhas, formando bolotas, recebe o nome de Hashishe (ou Haxixe) bem mais concentrada e prejudicial. Pode ser fumada (ação mais rápida) ou ingerida via oral (ação mais lenta).
São instrumentos de uso: sedas, pinça, pilão, palha, babilaque, marica, caixa de fósfo-ros e tubo de caneta queimada, cachimbos, narguilé, tubos de filme fotográfico. Mais o colírio descongestionante.
Não se pode dizer que todos que fumam maconha querem sentir as mesmas coisas, mas alguns dos efeitos buscados podem ser: Tranqüilidade, pois muitos do que usam maconha se sentem mais calmos e relaxados; Diversão e descontração, a pessoa ri por qualquer motivo; Busca de um maior prazer sexual (isto não ocorre, na verdade); Maior sensibilidade ao som (ficar cur-tindo ou “viajando” uma música por exemplo); Maior sensibilidade ao gosto cria uma fome quí-mica (a famosa "larica" ); Ficar "morgando" (vontade de não fazer nada); Ficar " viajando" em algum objeto, pela sensibilidade visual fica aumentada (vê o inexistente). O uso em grupo cria uma falsa sensação de sociabilidade, sem que se criem amizades verdadeiras (quando um para de usar é deixado de lado, “não tem mais nada a ver”).
Os efeitos físicos imediatos não são muitos: os olhos ficam ligeiramente avermelhados (hipere-mia da conjuntiva ), a boca fica seca (xerostomia) e o coração dispara (de 60 a 80 por minuto, pode chegar a mais de 140). Os efeitos psíquicos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uns sensação de calma e relaxamento, menos cansaço e von-tade de rir. Para outros, tremor, sudorese, sensação de angústia, confusão mental, medo de perder o controle mental (bad trip/ má viagem, bode). Diminui o equilíbrio e a força muscular. Diminui os reflexos, prolonga os efeitos do ofuscamento visual, reduz a habilidade de rastreamento (a-companhar objetos com os olhos).
Os efeitos físicos crônicos (do uso continuado) da maconha são mais graves. No homem o uso prolongado de maconha pode provocar uma diminuição da testosterona (hormônio dos músculos, da voz grossa, barba, responsável pela produção de espermatozóides). Na mulher pode trazer alte-rações hormonais chegando até a inibição da ovulação. Causa lesões na traquéia e brônquios. Po-de afetar os pulmões (a fumaça é muito irritante) do mesmo modo que o cigarro, sendo comuns

Informação sobre Drogas
A P A E X
Ass.Portoalegrense
de Amor-Exigente
problemas como a bronquite, asma, enfisema, faringite e câncer. Diminui a imunidade, aumen-tando as infecções. Mães que usam durante a gravidez geram crianças 10 vezes mais suscetíveis à leucemia (não-linfoblástica) e ao câncer dos nervos (rabdomiosarcoma) do que mães abstêmias. Geram também crianças com atrasos no amadurecimento e retardamento intelectual, pouco peso e tamanho, tendência aos abortos espontâneos e partos prematuros. O THC também atinge a crian-ça através do leite materno.
Os efeitos psíquicos imediatos: A percepção do tempo (minutos parecem horas) e do espaço fi-cam prejudicadas, podendo facilmente errar o cálculo do momento de agir, força a usar, distância, causando acidentes (ao atravessar uma rua ou fazer uma ultrapassagem de carro). Perda da memó-ria de curto prazo (buscas ou perguntas repetidas devido ao esquecimento do que acabou de ler ou ouvir). Perda da concentração (divagação), os pensamentos fluem sem controle, alternando entre assuntos que nada tem a ver um com o outro. Rir à toa “de bobeira” quando o uso é em grupo. Introspecção involuntária. Diminuição das vontades normais. Despersonalização (auto-percepção deturpada). Incapacidade de transmitir o que ocorre na “viagem” após cessar o efeito canábico.
Os efeitos psíquicos crônicos: Pode causar tolerância e em 50% dos usuários diários surge a de-pendência com necessidade de tratamento. Angústia, complexo de perseguição e medo. Desmoti-vação, irritabilidade e falta de objetividade. Dificuldades para entender e organizar informações complexas. Atitudes abobalhadas. Baixa auto-estima. Delírios (acreditar na alucinação). Ativa esquizofrenia pré-existente. Ativa disposição bioquímica para psicoses, que podem passar ou precisar de tratamento.
Estudo de 3 anos nos EUA com 4.045 usuários de maconha da população normal, sem sintomas psicóticos, mostrou que quando esses usuários desenvolviam algum sintoma psicótico o consumo de maconha era o responsável. O uso era o desencadeante. Cerca de 50% dos casos de psicose tratados nessa população tinha a maconha como a principal causa.
Estudo canadense encontrou THC no sangue de 10% dos motoristas envolvidos em acidentes fa-tais e 8% dos pedestres mortos por veículos.
O efeito (intoxicação) dura de 2 a 4 horas, mas o organismo só termina de metabolizar (eliminar) após 30 ou 40 dias. O uso continuado produz uma acumulação considerável de produtos tóxicos no organismo.
Distribuição Percentual dentre os usuários por faixa etária:
de 11 a 18aa: 21%
de 19 a 22aa: 55%
23 a 26: 14%
27 a 50: 10%
Idade de início do uso:
Menos de 11aa: 17%
de 11 a 18aa: 64,3%
19 a 26: 11%
27 a 50: 7%
Efeitos terapêuticos da maconha: Reduz as náuseas e vômitos produzidos por medicamentos anticâncer. Diminui convulsões ou ataques nos casos de epilepsia. Pode melhorar o ânimo de do-entes de AIDS, mas não cura nenhuma das doenças. Existem remédios que produzem os mesmos efeitos sem os riscos envolvidos. No entanto, alcoolistas que fumam maconha para não vomita-rem pelo excesso alcoólico tem morrido de intoxicação alcoólica pela inibição desta defesa natu-ral do organismo.
Fontes: Içami Tiba em - Saiba mais sobre maconha e jovens - Ed. Ágora
A respeitável revista científica American Journal of Epidemiology, Agosto/2002.
Eduardo Kalina em - Os Efeitos das Drogas sobre o Cérebro Humano - Ed. Bezerra, 1997.

2 comentários:

  1. E aí está o quarto princípio,uma boa opção para familiares e educadores conhecerem, estudarem e assim difundirem o programa do Amor Exigente.
    Ione Rossi.

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  2. Tudo bem explicado,pena que as escolas e as famílias não falam deste programa.

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