sexta-feira, 14 de março de 2014

PARCEIRO QUE BEBE, SE DROGA OU É VIOLENTO PRECISA DE AJUDA, NÃO DE COLO.Lenira Castelo Branco.







O casal Cristina e Humberto Alagia, do voluntariado do Amor-Exigente de Santa Maria, achou significativo o texto abaixo porque entende que amar não é concordar com tudo ou mesmo ser condescendente com desvios de conduta do outro. Quem ama também exige.

“PARCEIRO QUE BEBE, SE DROGA OU É VIOLENTO PRECISA DE AJUDA, NÃO DE COLO. 

Muitos dos que se relacionam com pessoas assim acabam abandonando a própria vida para se dedicar à cara-metade problemática. Na verdade, eles gostam de ser indispensáveis e se tornam codependentes na relação doentia, contribuindo para perpetuá-la. Para sair do círculo vicioso precisam reconhecer que o problema existe, mudar de atitude e procurar assistência especializada.
Leitores desta coluna já me escreveram dizendo que, por mais que queiram, não conseguem se separar de um parceiro violento, que usa álcool, drogas, joga de maneira compulsiva ou tem outros transtornos de personalidade.  Esse problema tão comum tem um nome: codependência.
Pode envolver irmãos, pais, filhos, mas é mais comum entre marido e mulher.  Apesar de saber que o comportamento do outro afeta sua vida e até sua saúde, a pessoa é incapaz de impor limites e aceita permanecer por perto, encarando tal destino como urna missão ou urna obrigação.
Em um casal, o codependente vive em função do companheiro. Por se sentir responsável por ele, sua função na vida passa a ser cuidar e satisfazer os seus desejos.  Esse comportamento vai deixando o outro cada vez mais dependente e irresponsável, incapaz de fazer qualquer coisa sozinho, tornando-se, no limite, um parasita controlador.
Há quem deixe isso acontecer simplesmente porque sente prazer em saber que alguém precisa de sua aluda para tudo. Outros apenas querem evitar que o parceiro fique nervoso, buscam ter paz dentro de casa. Passadas as crises, fingem que nada aconteceu, negam o problema e agradam ainda mais a pessoa problemática, levando-a para passear, comprando-lhe presentes, deixando suas próprias atividades de lado para fazer-lhe companhia.  Isso, porém, só faz estimular a reincidência no comportamento indesejado, que vira urna chantagem emocional para controlar o parceiro.
Agindo dessa forma, o codependenre não só ajuda o outro a piorar, como torna-se autodestrutivo e restringe a própria vida. Deixa de conviver com a família e com os amigos e quase não sai de casa, pois nunca se sente tranquilo. E assim que começa a desenvolver problemas físicos como dores de cabeça, gastrite e até depressão.
Como resolver essa situação? Em primeiro lugar, não negando o problema e percebendo que ambos estão doentes, que se um tem um transtorno de com comportamento o outro acabou se viciando em ser insubstituível, o que
também faz mal aos dois. Em segundo lugar, parando de ceder às chantagens, cobrando a mudança (seja ela parar de beber, de usar drogas, de jogar, seja deixar de ser violento ou abandonar qualquer outro comportamento inconveniente). Para isso, é preciso aprender a dizer, quando a crise passar, algo assim. “Sei que você está doente e que é difícil mudar, mas eu não vou aturar isso. Precisamos que vá procurar ajuda e se tratar, pois de outra forma teremos de nos separar.  Estou aqui para ajudar, mas não conte comigo para fingir que o problema não existe”.
No início, ele ou ela não vai levar a sério, mas se na primeira crise não houver ninguém na retaguarda, com medo de suas reações, verá que algo mudou e acabará aceitando que tem um problema, procurando ajuda. Como o codependente também precisa de tratamento, a terapia de casal pode ser de grande valia numa situação assim. Existem também grupos de apoio para codependentes, corno existem para dependentes de álcool e drogas.
Engana-se quem pensa que está provando seu amor ao se dedicar incondicionalmente a quem tem problemas como os que citamos aqui. Isso não é amor. Quem ama ajuda o outro a ser independente, a ter vida própria e a procurar tratamento quando necessário.”

Por que a Espiritualidade é importante:   http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/empregos-e-carreiras/noticia/2014/03/espiritualidade-chega-as-organizacoes-4446528.html

5 comentários:

  1. As mulheres muitas vezes na ânsia de ajudar um dependente de drogas,acabam ajudando a manter o vício. É isto aí, precisamos de atitude. Exigir que faça tratamento e mude os velhos hábitos.

    ResponderExcluir
  2. Isto é real,companheiro é para acrescentar e não nos destruir.

    ResponderExcluir
  3. Ajudar um dependente é encaminha-lo para tratamento.

    ResponderExcluir