Os Grupos de Amor-Exigente de Santa Maria e Região podem ter neste Blog uma ferramenta para compartilharem experiências, conteúdos, espiritualidade entre os diversos grupos, local e regionais.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Cláudio N. Lugo e Arlete. A CULPA
5o Princípio Básico do Amor-Exigente
A CULPA
APAEX
Associação
Portoalegrense
de Amor-Exigente
Prezado(a) Companheiro(a) de Grupo de Apoio:
Nesta página você tem a proposta de cronograma para utilização do conteúdo da apostila. Está prevista uma META COMUM semanal, para todos: Que os textos sejam estudados em ca-sa previamente. Sugerimos, também, uma seqüência de atividades durante as reuniões sema-nais do Grande Grupo (Grupão) e dos Pequenos Grupos (Subgrupos).
Durante o mês estudar as páginas 8 e 9, sobre Cocaína, trazer dúvidas e comentários.
Na primeira semana: Enfocar o “EU” interior e o “EU” exterior de si mesmo: O Real e o Aparente.
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento e o significado dos textos do livro e de como viver a proposta.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 2: Responder as perguntas e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar as páginas 2, 3 e 4 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião.
Na segunda semana: Enfocar “A Família - o Outro”
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo feito em casa das páginas 2 3 e 4 da apostila.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 4: Responder as perguntas e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar a página 5 e 6 da apostila. Trazer questões para a próxima reunião.
Na terceira semana: Enfocar “A Sociedade”
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo feito em casa da página 5 e 6 da apostila.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 6: Responder as perguntas e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar as páginas 7, 8 e 9 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião.
Na quarta semana: A Ética dentro e fora do Grupo de Apoio de Amor-Exigente.
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo feito em casa da página 7 da apostila.
No Pequeno Grupo de Familiares (subgrupo de partilha de metas):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Escolher a meta individual para vivenciar o Amor-Exigente durante a próxima semana.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar o 6° Princípio pags. 44, 86 e 127 pelo livro “O Que é Amor-Exigente” Ed.41. Refle-tir sobre os significados. Trazer questionamentos e interpretações para a próxima reunião.
- Leia também sobre o 6° Princípio nos livros “Mostrar Caminhos” de José Neube Brigagão, “Só por hoje, Amor-Exigente” de Beatriz Silva Ferreira e “Amor-Exigente, espiritualidade, uma nova vida” de Marina e Helio Caetano Drummond.
Perguntas: Refletindo sobre Meus sentimentos de CULPA
1) O que significam, para mim, SER CULPADO e SENTIR-ME CULPADO?
2) O que significam SER RESPONSÁVEL e SENTIR-ME RESPONSÁVEL?
3) Eu me sinto culpado? De que, exatamente? Por quê?
4) Sentir-me culpado é bom? É ruim? Serve para que?
5) O que eu posso fazer para "libertar-me da culpa" e "sentir-me responsável"?
Definir a meta pessoal para próxima semana:
Para começar agir imediatamente neste sentido, nesta reunião eu escolho a seguinte meta objetiva: ______________________________________________________
A Culpa - 1ª Semana – Enfocando "O Indivíduo - Eu"
1) Não existe “PERSONALIDADE TÍPICA” que determine se o indivíduo será um dependente químico ou não. Ninguém nasce "marcado" para ser ou não ser.
2) Cada indivíduo nasce com os dons da inteligência e do “livre arbítrio”.
3) O Dep. Químico não precisava ter optado pela “droga” como única opção para vencer a ansiedade e a angústia da frustração. Nem era ela é a única fonte de pra-zer disponível em seu meio cultural.
4) Diante dos Fatores de Risco a que o indivíduo estava exposto a “droga” foi a op-ção mais prazerosa e/ou mais oportuna. Faltou-lhe buscar os Fatores de Proteção.
5) Nunca se é totalmente ignorante das conseqüências dos próprios atos e escolhas, por isto, cada um deve assumi-las integralmente na parte que lhe cabe, sem culpar os outros pela consequência dos seus atos.
6) Quem se sente culpado torna-se inseguro, vulnerável e impotente. Se forem pais, serão manipulados e extorquidos.
7) A culpa tira a liberdade, a segurança, a autoridade e a capacidade de agir.
8) A culpa reforça as emoções negativas, e elas dificultam o "uso da razão diante dos sentimentos", resultando significações incorretas, inadequadas e fantasiosas.
9) Sem o sentimento de culpa, a razão fica livre para usar o conhecimento e a sabe-doria para encontrar os limites da responsabilidade, o caminho do dever e do amor responsável.
10) Na maioria das pessoas existe o “sentimento inconsciente de culpa” por crerem que “podem”. Onipotentes, sentem-se obrigadas a fazer até o impossível como, por exemplo, tornar os outros felizes e realizados.
“A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação”
Como agregar QUALIDADE à sua vida e VIVER SEM CULPA
(-) Diminua em sua vida: (+)Aumente em sua vida:
• Onipotência • Humanidade
• Auto-acusação • Responsabilidade
• Arrependimento • Libertação emocional
• Ansiedade • Coragem
• Desespero • Confiança e Segurança
• Perfeccionismo • Capacitação
• Terceirização • Autonomia
• Autopiedade • Autoestima
Culpa, a grande desculpa para não se fazer nada. Culpando alguém, você simplesmente perde a responsabilidade por si mesmo e não precisa fazer nada.
Não se deve confundir culpa com responsabilidade. Diante de um fato posso não ter cul-pa, mas, seguramente, tenho responsabilidade. Culpa leva ao imobilismo, responsabili-dade chama à ação, à necessidade de dar uma resposta adequada ao fato.
Quando as pessoas se julgam e se condenam, se subestimam ou sentem autopiedade, tor-nam-se complacentes para com os outros e implacáveis para consigo mesmas. Elas não conseguem ver com realismo o que está diante de seus olhos.
Dentro do AE, neste programa de prevenção e solução de problemas, encontramos recur-sos que nos permitem acertar ou errar, sem carregar sentimento de culpa por isto.
Amor-Exigente não é um programa de caça às bruxas. Queremos nos livrar de qualquer tipo de emoção negativa que possa nos impedir de criar condições para resolver proble-mas e prevenir perdas.
Sentir-se culpado ou achar culpados de nada adianta. Mostra apenas que consciente ou inconscientemente pensamos que somos onipotentes, que podemos coisas impossíveis.
Acabando com culpas e culpados, com vítimas e perseguidores, cuidando dos sentimen-tos de raiva, medo, onipotência, autopiedade ou autopunição, estamos crescendo, amadu-recendo o espírito, assumindo responsabilidade, caindo na real e solucionando proble-mas.
Perdoar! Quem não perdoa é prisioneiro do passado. Perdoar é dar oportunidade a si mesmo, ao outro. O mais difícil perdão a ser dado é aquele que precisamos dar a nós mesmos (não confundir perdão com desculpa). Devemos estar sempre compromissados a condenar os atos menos bons e dar aos autores oportunidade de reparação e recuperação.
Viva o Perdão! Viva o sentimento de responsabilidade!
COMPORTAMENTOS E SENTIMENTOS COMUNS:
Que são frutos do Sentimento de Culpa e o realimentam!
• CODEPENDÊNCIA • MEDO
• MANIPULAÇÃO • IMPOTÊNCIA
Enfoque do Princípio na 2ª Semana: "O Outro - a Família"
1) Respeitar a individualidade de cada um. Tratar desigualmente os desiguais, para que haja tratamento adequado (e justo) entre eles.
2) Desenvolver a empatia pelo outro para que se possa perceber o “eu” dele.
3) Nem só pais e professores educam. Existe a auto-educação, que é desenvolver o “eu” próprio em cada um. Aos outros só podemos mostrar caminhos e prestar informações.
4) Educar não é botar ou enfiar, mas extrair capacidades e obter resultados.
5) Ensinar: Sentir com Verdade, Pensar com Justiça e Querer com Misericórdia.
6) Não se retém tudo que se ouve, mas tudo o que se vê: A coerência de quem ensina.
7) Mesmos valores para todos nortearem suas atitudes e comportamentos.
8) Não existe FAMÍLIA TÍPICA GERADORA de dependentes químicos. Existem famí-lias que oferecem RISCO MAIOR.
Família de Alto Risco
Família de Baixo Risco
Disfuncional
Funcional: Tem papéis, funções, autoridade, deveres e políti-cas familiares claramente definidos e sem superposição.
Vive de Mitos
Vive a própria realidade: Pessoas autênticas, assumidas, a-ceitam seus limites, sem segredos nem assuntos proibidos.
Codependente
Interdependente: Pessoas autônomas. Não se culpam nem se manipulam, são solidárias e cooperadoras.
Desarmônica
Harmônica: Discutem problemas e não pessoas. Buscam sempre soluções éticas, negociadas e que preservem o grupo.
9) Toda família possuidora de um Dep. Químico apresenta algum grau de Codependência como característica das relações intra-familiares. Já o contrário não é verdade.
11) O codependente se sente onipotente. Para sentir auto-piedade, assume a culpa de tudo. O sentido da sua vida é “cuidar da felicidade” de alguém. Para justificar seu valor e sua própria existência satisfaz todos desejos do outro sem nenhum limite. Perpetua, assim, o “problema existente” no outro. O "outro" pode ser o nosso cônjuge, os nossos filhos, outros familiares, alguém que convive conosco e que queremos ajudar. Aqueles por quem nutrimos sentimentos de amor. O sentimento de onipotência é uma armadilha!
Perguntas: Refletindo sobre o sentimento de Culpa "no outro, na família"
1) Quem a sua família acusa de CULPADO pelo problema? Como eles fazem isto? Aber-tamente, num diálogo direto, ou veladamente, usando indiretas?
2) Eles (e elas) acham que culpar pode refazer o passado? O que acham que se deve fazer, então? Você concorda com pensamento deles(as)?
3) Foi bem discutida a diferença entre CULPA e RESPONSABILIDADE? Ficou claro?
4) Como você pode ajudá-los(as) a entender e sentir-se RESPONSÁVEL em vez de culpa-do?
Defino como meta, para objetivamente ajudar o outro a buscar as soluções (ser responsá-vel) e parar de ruminar o problema (sentir-se culpado): _____________________________
ASSERTIVIDADE
Habilidade de expressar sentimentos em defesa de direitos pessoais legítimos, sem subtrair o direito do outro. Transmitir pensamentos sem tentar convencer e sem achar que o outro tem que aceitá-los.
Ser Assertivo é:
1. Acertar comigo. Ou seja, fazer e dizer aquilo que acho que é certo.
2. Estar consciente dos meus sentimentos e emoções e ser racional.
3. Aceitar a opinião do outro, sem precisar concordar com ela.
4. Transmitir meus pensamentos sem tentar ou precisar convencer.
5. Aceitar a crítica do outro e saber distinguir o que é verdadeiro e o que é falso. E daí aceitá-la ou não para meu crescimento pessoal.
Objetivos da Assertividade:
1. Evitar a Manipulação.
2. Manter os Meus Objetivos, com firmeza e sem brigar.
3. Evitar a pressa em dar uma resposta qualquer. Poder refletir antes.
4. Poder dizer não, quando devo, sem me sentir culpado.
Porque me sinto culpado ao “dizer Não”:
1. Porque acho que vou perder o amor das pessoas.
2. Porque aprendi que devo dizer apenas aquilo que as pessoas esperam ou querem ouvir de mim.
3. Porque aprendi que tenho que ser sempre “bonzinho”.
4. Porque sinto que posso fazer tudo para e pelos outros. Logo, cumprir esse dever me faz pessoa boa.
Treinamento Sistemático em Assertividade:
Sua única Vocação nesta vida é Ser Feliz
A Felicidade está dentro da Sua Cabeça. Não está na dos outros.
Você deve ser o juiz final de si mesmo. Aceite esta responsabilidade!
Técnicas para Treinamento Pessoal em Assertividade:
1. Disco Rachado
5. Informação Voluntária
2. Enevoado
6. Auto-Revelação
3. Afirmação Negativa
7. Compromisso Viável
4. Indagação Negativa
1. Disco Rachado
Calma repetição, em que digo o que desejo, persistentemente, sem discussões ou sentimentos a-gressivos (rancor, irritabilidade). Concentro-me no objetivo e não no que a outra pessoa diz ou faz na minha frente. Falo como se fosse um disco antigo rachado que a agulha volta sempre para o mesmo lugar repetin-do o mesmo trecho. Não perco meu controle, não desisto nem perco a paciência. Evito discussão e atrito e mágoa. Acabo convencendo a outra pessoa a não mais insistir ou contrariar e a aceitar o que digo.
Exemplos:
- Ah, sim, mas não estou interessado. – Compreendo, mas não tenho interesse.
5o Princípio Básico do Amor-Exigente
A CULPA
APAEX
Associação
Portoalegrense
de Amor-Exigente
Habilidades para Lidar com Situações Difíceis
2. Enevoado
Calmamente recebo a crítica ou a proposta e concordo que talvez o outro possa ter razão. Não ne-go, não me defendo, não contra-ataco, não me condeno nem me humilho na frente do outro.
Exemplo:
O outro: - Você é péssimo professor!
Você: - Talvez eu possa melhorar minha forma de ensinar.
3. Afirmação Negativa
O outro: - Como palestrante você não deveria esquecer o texto!
Você: - Tem razão, eu não deveria ter errado, mas errei.
4. Indagação Negativa
O outro: - Você vai pescar novamente neste fim-de-semana?
Você: - O que ha de errado em ir pescar?
Habilidades de Conversação Honesta
5. Informação Voluntária
O outro: - Qual é o peso deste motor?
Você: - Boa pergunta. Deve estar aqui. (...) Não, não está! Agora não tenho a resposta, mas mandarei a informação ainda esta tarde.
6. Auto-Revelação
O outro: - Vamos comemorar este nosso contrato agora mesmo! Isto merece uma cervejada por minha conta!
Você: - Desculpe, mas acabei de fazer um tratamento. Descobri que sou alcoolista e não posso mais beber.
7. Compromisso Viável
A mãe: -Tu e o Carlos vão à serra? Que bom, acabei de decidir! Vou passar com vocês estas duas semanas e vamos matar nossas saudades.
A filha: - Desculpe, mas estamos terminando um trabalho. Estamos muito estressados e já decidimos que estas duas semanas serão só para nós.
A mãe: - A Luiza, tua irmã, me convidou para passar com ela. Eu preferia passar com vocês. Mas, já que você não me quer . . .
A filha: - Sinto que você não tenha esperado para saber nossos planos primeiro. Então, acho que você deve aceitar o convite da Luiza.
Perguntas: Refletindo sobre a Culpa "na Sociedade"
A "sua Sociedade" é tudo aquilo que influencia seu modo de pensar e agir e, ou, que pode ser influ-enciado por ele.
1) Você acha que a escola, igreja, governo, justiça e a mídia são culpados pela drogadicção?
2) Como a sociedade lida com os sentimentos de raiva, medo, autopiedade, autopunição diante do proble-ma drogadicção?
3) O que pode ser feito? 4) Quem deve fazer? 5) Quem deve ajudar?
Defina uma META PESSOAL para ajudar concretamente sua comunidade a AGIR na busca de solu-ção, a culpar menos e ser mais responsável, e a você não sentir-se culpado diante da pressão que ela faz.
AMOR
EXIGENTE
5o Princípio Ético Familiar e
Institucional do Amor-Exigente
TRANSMITIR OS PRINCÍPIOS E VALORES CUL-TURAIS DA FAMÍLIA, ASSIM COMO OS PRINCÍPIOS DO AMOR-EXIGENTE NOS GRUPOS, RESPEITANDO AS POSSIBILDADES DE CADA INTEGRANTE
- ACOLHER, INFORMAR E ENCAMINHAR
Acolher afetuosamente, ouvir, entender, compreender, informar o que a pessoa quer saber, orientar a respeito de soluções conhecidas, indicar locais que atendam problemas de outra ordem e natureza que extrapolem as finalidades dos grupos familiares ou do AE (proble-mas biológicos, medicinais, jurídicos, internações, etc.). É sendo útil e apoiando que inclu-ímos as pessoas, elevamos nosso conceito e divulgamos nosso movimento.
- NÃO DIAGNOSTICAR
Não é útil ao recém chegado ouvir do grupo ou da família como classificamos ou denomi-namos o problema dele, nem o que já teríamos feito no seu lugar. Nesta avaliação sempre colocamos julgamentos preconceituosos ou projetamos nossos problemas pessoais nos ou-tros. No AE não somos profissionais, não podemos nem devemos emitir diagnósticos nem utilizar termos reservados aos especialistas. Devemos incentivar e ajudar cada pessoa a identificar claramente os contornos práticos do seu problema, as soluções que ela julga necessárias, as possibilidades a seu alcance e a decidir o seu próprio caminho. Nós pode-mos ajudá-la a descobrir modos de fazer aquilo que escolheu e avaliar riscos conhecidos.
- USAR LINGUAGEM ACESSÍVEL
Nossa linguagem deve ser tecnicamente correta, mas acessível para qualquer pessoa, pois devemos lembrar que o Amor-Exigente é procurado por pessoas dos mais variados graus de escolaridade e de todas as classes sociais, econômicas e culturais.
- APOIAR E NÃO OBRIGAR
Embora não haja família perfeita, mostrar como nossa cultura nos une, fortalece, permite a felicidade e realização pessoal. Não que seja a melhor, mas nossa cultura é útil e benéfica. O AE é um programa cognitivo-comportamental com uma metodologia de trabalho (pro-cesso de mudança) que dá certo.
- O COMPROMETIMENTO É INDIVIDUAL
Cada pessoa tem seu próprio ritmo, sua própria capacidade de entender a proposta, seu próprio tempo e capacidade de conviver com problemas. É ela quem identificará seus ob-jetivos, prioridades e as metas para que, através de tomadas de atitude e mudanças de comportamento vença suas dificuldades e influencie seu meio para mudar. A pressa é dela e não da família ou grupo. Os demais membros a incentivam com o próprio exemplo.
- CRER QUE A MUDANÇA ACONTECERÁ
Este é um paradigma de educação e de auto-ajuda. Enquanto vivos, estamos sempre num processo silencioso de mudanças. Se não mudarmos para melhor será para pior.
Devemos mostrar que acreditamos que somente promovendo mudanças é que podemos alcançar nossos objetivos. Intervir para influir nas mudanças que já estão acontecendo.
Jamais pensar ou dizer: “-Ele(a) não muda! -Não adianta nada! -Eu desisto.”
A cocaína, substância extraída das folhas da Erythroxylon coca, planta nascida exclusivamen-te na América do Sul, conhecida como coca ou epadú. Suas folhas são mascadas ou bebidas como chá, ha pelo menos 5000 anos pelos índios andinos sem causar prejuízo à saúde. Em laboratórios se produz o clo-ridrato de cocaína. Chega até o consumidor sob forma de pó (aspirado alcança o cérebro de 3 a 5 minu-tos) ou diluído em água para uso endovenoso (injetado nas veias por meio de seringas alcança o cérebro de 10 a 20 segundos), ou uma pasta-base que dá origem ao crack e a merla, que é pouco solúvel em água, mas se volatiliza quando aquecida, podendo ser fumada em cachimbos alcançando o cérebro de 6 a 8 segundos.
No século passado, mais precisamente em 1914, uma forte campanha deflagrada mostrou à so-ciedade o efeito maléfico da cocaína tendo seu consumo sido proibido nas Américas e na Europa. Por qua-se 50 anos ficou esquecida, mas na década de 70 a cocaína voltou com força total, sendo considerada segu-ra e light. Nos anos 90, o Brasil começou a viver o seu pico de consumo, e a droga ganhou o apelido de “vitamina”. Hoje, nosso país e o mundo estão assolados pela epidemia do pó branco e suas variantes. 22% dos usuários de cocaína tornam-se dependentes dela. 100% na forma do Crack. Para comparar: no álcool é de 6%.
No processo de produção da droga são usados éter, acetona, querosene, ácido sulfúrico, áci-do clorídrico e amoníaco, contribuindo para a sua toxidade. Outras substâncias igualmente tóxicas (gaso-lina, talco, pó de mármore, de vidro, etc.) freqüentemente são acrescidas à cocaína já produzida, com a finalidade de aumentar o lucro do tráfico. Imagine os efeitos dessa mistura explosiva no organismo...
Efeitos físicos imediatos nas primeiras vezes que a pessoa usa cocaína: euforia e falsa sensa-ção do aumento de suas capacidades físicas e intelectuais (banho de energia); sensação do tato mais inten-sa; maior disposição durante a relação sexual; autoconfiança irreal. Paralelamente ocorre: diminuição do apetite e da necessidade de sono, aumento da ansiedade (causando ao usuário, às vezes, sensação de estar sendo observado ou perseguido).
Toda essa euforia acaba logo dando lugar à depressão e irritabilidade. Torna-se necessária no-va dose (esticar mais uma carreira) de pó. O uso da cocaína faz com que o organismo reaja perigosamente, aumentando a pressão arterial, a freqüência dos batimentos cardíacos, a constrição dos vasos sangüíneos (desaparecimento de veias), aumento da temperatura corpórea, liberação de açúcar no sangue e aumento da força de contração do músculo cardíaco.
Os efeitos crônicos (do uso continuado) podem ser letais, e suas conseqüências quase sempre são desastrosas sobre a vida do usuário, promovendo prejuízos nas mais diversas áreas, conforme segue:
Efeitos físicos: Alteração do ritmo elétrico cardíaco, produzindo arritmias que podem ser visualiza-das no eletrocardiograma. O seu efeito é tão nocivo ao coração que o uso da droga tem sido a princi-pal causa de infarto agudo do miocárdio em pessoas de até 40 anos. Angina do peito, aumento do vo-lume cardíaco. Ao mesmo tempo em que diminui o diâmetro dos vaso (constrição), aumenta a pres-são arterial, contribuindo para o acontecimento de hemorragias. A constrição dos vasos sanguíneos capilares pode interromper a circulação produzindo Isquemias. Outra importante conseqüência é o surgimento de convulsões de todos os tipos. O aumento da temperatura corpórea podendo atingir mais de 42º, leva à morte por hipertermia. Doses maiores estão relacionadas com parada respiratória. Também podem acontecer lesões no fígado. Perda de peso e desnutrição fruto da diminuição do ape-tite. Tolerância crescente. Risco de derrame cerebral crescente. Quando a droga é injetada, corre-se o risco de transmitir infecções de um usuário para outro, como Hepatite C e AIDS. A água utilizada para diluir também pode ser veiculadora de bactérias, causando infecção das válvulas cardíacas (en-docardite bacteriana). Fumar Crack produz ainda asma, bronquite crônica, hemorragia pulmonar e edema pulmonar fatal (crack lung). A inalação produz ulceração e perfuração do septo nasal, e sinu-site crônica.
Efeitos psíquicos: Depressão intensa, com risco de suicídio, desmotivação, sonolência, irritabilidade crônica, ataques de pânico e psicose paranóide (mania de perseguição). A cocaína também acentua sintomas depressivos preexistentes, resultando ocasionalmente em tentativas de suicídio.
Efeitos sociais: É muito comum o usuário habitual de cocaína passar por situações de separação con-jugal, perda de emprego, abandono da escola, incapacidade de cumprimento de obrigações sociais, dependência financeira e engajamento em atividades criminais para obtenção da droga e manutenção do consumo.
A ESCALADA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
degrau – A primeira vez que uma pessoa experimenta a cocaína, normalmente está dentro de um contexto social: uma festa, um show, na boate... Sente, então, os efeitos estimulantes da droga e muita euforia. Nenhuma das conseqüências negativas do consumo aparece nos primeiros meses de uso ocasional, e a pessoa chega a crer que todos os avisos e informa-ções que ouviu antes sobre a droga eram exageros ou “propaganda enganosa”.
degrau – Em busca das primeiras sensações, o consumo da cocaína continua. A pessoa passa a visitar outros usuários com mais freqüência, com a desculpa de que “estes são ver-dadeiros amigos”. Pela primeira vez acontece a compra da cocaína de um destes amigos e o consumo se intensifica. Até este momento poucos efeitos negativos são evidentes. A famí-lia nota alguma coisa, mas como a pessoa mantém (quase) todas as suas atividades anteriores, a desconfi-ança muitas vezes não é revelada para o usuário. E este se sente ainda mais confiante.
degrau – Acontece mais um período de consumo e a pessoa começa a entrar em contato com fornecedores de quantidades maiores, traficantes ou “aviões”. Descobre, então, que, quando adquire maior quantidade há um barateamento de seu consumo. Assim, passa a comprar grandes quantidades “para usar ao longo do mês”, mas certamente consome toda a droga num período muito menor. Algumas conseqüências negativas já são evidentes, mas sua importância é muito menor do que o prazer obtido pelo consumo da cocaína.
degrau – Podem começar a ocorrer episódios de consumo de grandes quantidades durante várias horas ou poucos dias: as chamadas orgias de consumo. Neste ponto, as atividades da pessoa e suas atribuições anteriores ao consumo já sofrem de negligência importante.
degrau – A situação tem a gravidade intensificada e a pessoa passa a consumir a droga compulsivamente, apesar das evidências claras de prejuízos sobre sua vida e daqueles que a cercam. Nesse ponto, qualquer um identifica o usuário como dependente de cocaína. Afi-nal, a substância passa a controlar a pessoa, e não o contrário, como acontecia no momento da experimentação inicial. Pratica qualquer delito para consumir a droga.
COMO RECONHECER O USUÁRIO DE COCAÍNA
As pupilas ficam aumentadas.
Ele se mostra bastante agitado. Suor em demasia, desconfiança e mania de perseguição.
Mostra insensibilidade emocional e falta de consideração pelos outros.
Não sente vontade de comer, nem de dormir. Emagrece.
O nariz pode escorrer e ele pode adquirir o cacoete de coçá-lo a toda hora. Coriza.
Quando ele fala, pode apresentar dificuldade na articulação lingual e labial. É o que chamam de “boca trincada”. Contrai a mandíbula e pode ranger os dentes.
Fontes sobre a cocaína: 1) Revista Drogas & Família; 2) Drogas - Ações e Reações - Market Books
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Mais uma colaboração para simpatizantes e familiares tomarem conhecimento do quinto princípio do A.E. Fala o programa que é o princípio libertador,somos responsáveis,mas não culpados. Assim podemos transformar este conhecimento em nosso aliado para que aconteçam as mudanças na família. Como só podemos mudar nós mesmos,precisamos conhecer nossa realidade .
ResponderExcluirIone
A.E. Santa Maria.
Acho uma leitura muito interessante e nos orienta.
ResponderExcluirVânia.