Os Grupos de Amor-Exigente de Santa Maria e Região podem ter neste Blog uma ferramenta para compartilharem experiências, conteúdos, espiritualidade entre os diversos grupos, local e regionais.
terça-feira, 3 de março de 2015
Os Recursos são Limitados
Prezado(a) Companheiro(a):
Nesta página você tem a proposta de cronograma para utilização do conteúdo da apos-tila. Está prevista uma META COMUM semanal, para todos: Que os textos sejam estudados em casa previamente. Sugere-se, também, uma seqüência de atividades durante as reuniões semanais do Grande Grupo (Grupão) e dos Pequenos Grupos (Subgrupos).
Durante mês, estudar as páginas 8 a 10 sobre o alcoolismo e formular dúvidas no grupo.
Na primeira semana: Enfocar o “EU” interior e o “EU” exterior de si mesmo: O Real e o Aparente.
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento e o significado dos textos do livro e de como viver a proposta.
No Subgrupo de Metas e Partilhas (subgrupo de partilha de metass):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 6: Responder as perguntas do “Item 1)” e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar as páginas 2 e 3 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião.
Na segunda semana: Enfocar “A FAMÍLIA - O OUTRO”
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo feito em casa das páginas 2 e 3 da apostila.
No Subgrupo de Metas e Partilhas (subgrupo de partilha de metass):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 6: Responder as perguntas do “Item 2)” e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar as páginas 4 e 5 da apostila. Trazer questões para a próxima reunião.
Na terceira semana: Enfocar “A Sociedade”
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo feito em casa das páginas 4 e 5 da apostila.
No Subgrupo de Metas e Partilhas (subgrupo de partilha de metass):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Na página 6: Responder as perguntas do “Item 3)” e escolher nova meta individual.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar a página 7 da apostila. Refletir e trazer questionamentos para a reunião.
Na quarta semana: A Ética dentro e fora do Grupo de Apoio de Amor-Exigente.
No Grande Grupo de Familiares:
- Partilhar o entendimento sobre o estudo feito em casa da página 7 da apostila.
No Subgrupo de Metas e Partilhas (subgrupo de partilha de metass):
- Rever seus Objetivos e as Metas das reuniões anteriores. Partilhar a vivência do AE.
- Escolher a meta individual para vivenciar o Amor-Exigente durante a próxima semana.
Meta Comum para casa - durante a próxima semana:
- Estudar o 4° Princípio págs. 28, 55, 79 pelo livro texto “O Que é Amor-Exigente” de ca-pa azul e págs. 39 ,81 ,119 pelo de capa verde. Refletir sobre seus significados. Trazer questionamentos e interpretações para a reunião.
- Procure ler também sobre o 4° Princípio nos livros “Mostrar Caminhos” de José Neube Brigagão, “Só por hoje, Amor-Exigente” de Beatriz Silva Ferreira e “Amor-Exigente, es-piritualidade, uma nova vida” de Marina e Helio Caetano Drummond.
Como agregar QUALIDADE à sua vida e VIVER o 3o Princípio
(-) Diminua em sua vida: (+)Aumente em sua vida:
• Consumismo • Sobriedade
• Transgressões • Limites
• Desperdício • Prioridades
• Emocionalismo • Razão
• Modismo • Criteriosidade
Nossos recursos físicos, emocionais, intelectuais e econômicos
são limitados.
Devemos reconhecer nossas limitações e procurar superá-las, se for para me tornar uma pessoa melhor, ou aceitá-las, mas sem mentiras, fantasias ou manipulações.
Temos direitos e deveres!
Alguns Direitos: de dormir toda noite, de passear, de nos divertirmos, de termos paz e tranqüilidade, de sermos bem tratados com respeito.
Hoje, os nossos jovens colocam-se como se só tivessem direitos. Nada dão em troca e nós lhes da-mos tudo, haja o que houver, custe o que custar. O que para nós foi difícil obter, damos a eles sem deixar faltar nada e muito além daquilo de que necessitam. Não nos sintamos obrigados a isto. De-vemos ser precavidos e reservar-nos o direito de uma negativa, se percebermos abuso ou falta de merecimento na solicitação.
Deveres e obrigações é o que não falta nas exigências que os outros nos fazem. Destaque especial para as exigências dos filhos.
Distinguir entre Necessidades e Desejos.
Respeito é bom e toda gente gosta. O direito dos outros termina onde começa o nosso e a todo direi-to correspondem deveres. Gastar só o que está a nosso alcance e para comprar o que é necessário. Quantos se privam de necessidades básicas, para atender aos caprichos dos que deles dependem. Quantos pais dobram sua jornada de trabalho para atender aos caprichos de seus filhos e cônjuges.
Educar bem é fazer o outro entender deveres e responsabilidades, já que sempre é mais fácil apren-der que se tem direitos e vantagens. Ora, aquilo que não se ensina em casa, a vida vai ensinar a du-ras penas. Todos devem estar adequados para si e para o mundo em que vão viver.
A questão dos limites é, hoje, uma das grandes dificuldades dos pais. Tem pai que acha que impor limites ao filho causa obrigatoriamente, traumas emocionais. Na verdade, isso não ocorre se os limi-tes forem justos e coerentes. Quando o filho percebe neles justiça, ele os aceita e incorpora. Para os pais que se sentem inseguros, as páginas seguintes trazem uma reflexão sobre alguns conceitos bá-sicos, que podem ajudar muito.
Fonte: Neube José Brigagão
CRENÇAS QUE ORIENTAM OS COMPORTAMENTOS ATUAIS:
BUSCAR SEMPRE O PRAZER IMEDIATO
IGNORAR LIMITES E DIFICULDADES
CONFUNDIR TRANSGRESSÃO COM AUTO-AFIRMAÇÃO
DAR LIMITES É ...
- Ensinar que existem outras pessoas no mundo;
- Ensinar que os direitos são iguais para todos;
- Fazer compreender que “seus” direitos acabam onde começam os direitos dos ou-tros; Que mesmo autoridades tem leis acima delas, limites e deveres a cumprir;
- Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário;
- Só dizer “não” se houver uma razão consistente e estiver determinado a mantê-lo;
- Desenvolver espírito crítico, fazer escolhas saudáveis, dignidade e qualidade de vida;
- Mostrar que muitas coisas podem ser feitas enquanto outras não podem ser feitas;
- Saber discernir entre o que é uma necessidade o que é somente desejo;
- Ensinar que a cada direito correspondem deveres e, principalmente,...
- Dar bom exemplo: Quem quer ver respeitadas as leis de Deus, da natureza e dos homens tem que viver o seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios – ainda que a sociedade não tenha apenas indivíduos que ajam dessa forma!
DAR LIMITES NÃO É ...
- Bater nos filhos para que eles se comportem (quando se fala em limites, muitas pes-soas pensam que significa a aprovação para bater e até espancar);
- Fazer só o que os pais querem ou estão com vontade de fazer;
- Ser autoritário (dar ordens sem explicar o porquê, agir apenas de acordo com seu próprio interesse, da forma que lhe aprouver, mesmo que a cada dia sua vontade seja inteiramente oposta à do outro dia, por exemplo);
- Gritar com “o outro” para ser atendido;
- Deixar de atender às necessidades reais;
- Invadir a privacidade a que todos têm direito.
COMO NÃO PERDER A AUTORIDADE AO DISCIPLINAR:
É muito mais fácil perder a autoridade do que conquistá-la. Portanto, em todas suas relações e principalmente ao lidar com seus filhos, lembre-se:
- Cumpra o que disser: Se ameaçou – execute; Se prometeu – faça;
- Seja coerente: o que não pode – não pode nunca (salvo raras exceções);
- Não mude de atitude como quem muda de roupa: só estabeleça regras efetivamente necessárias.
Dar limites aos filhos, na verdade, não é uma tarefa fácil. Demanda muitos anos de paciência, perseverança e, especialmente, confiança e segurança no que se está fazendo. No entanto, com o trabalho que dá, o resultado é extremamente com-pensador. Vale a pena! É nossa colaboração, como pais, à sociedade como um to-do. Afinal, construir cidadãos é a melhor obra que se pode desejar fazer.
(Texto de Tania Zagury – educadora, filósofa, autora de livros sobre educação e adolescência).
ULTRAPASSANDO LIMITES DE MODO NÃO SAUDÁVEL
Os limites em relação a si mesmo são ultrapassados ao:
- “Acreditar que pode” e “tentar responsabilizar-se sozinho” pela solução de todos problemas dos outros, pelo sucesso ou pela felicidade deles.
- Custear indefinidamente os desperdícios e prejuízos causados pelos outros.
- Tentar ser melhor que os outros, competindo em clima de rivalidade.
- Satisfazer todas vontades, suas e dos outros, sem distinguir “desejo” de “necessidade”.
- Dedicar-se para uma única idéia ou pessoa fixa sem espaço para mais nada ou ninguém. Isto traz ciúmes, compulsividade, perda das liberdades, insatisfação e doença.
Os limites em relação aos outros são ultrapassados ao:
- Querer realizar-se nos outros. Que os outros sejam ou façam aquilo que você não conse-guiu.
- Definir metas para os outros acima da capacidade deles.
- Em assuntos coletivos tomar decisões desprezando as opiniões e vontade dos demais.
- Ao impor limites, dar ordens ou mesmo uma punição, demonstrar dureza, desprezo, raiva, rancor, humilhação, desrespeitando os sentimentos e a dignidade do outro, como se não o amasse, não tivesse respeito nem carinho por ele. Lembrar que o carinho é o que faz uma ordem chegar ao coração.
- Usar a “lei do mais forte” ao invés do diálogo e das suas razões de convencimento para ob-ter mudanças necessárias.
Dicas e cuidados para evitar ultrapassar limites:
- Respeite sempre a “ética” e as “Leis” (vigentes em sua sociedade, naturais e da sua Fé). Lembre-se: Todos podem estar desrespeitando sinais de trânsito e nem por isso as infra-ções se tornam normais. "Comum" e "frequente" não são sinônimos de "normal".
- Trabalhe objetivamente para o aumento da qualidade de vida, sua e dos outros.
- Não acumule queixas, incompreensões, descontentamentos, necessidades ou mudanças a um ponto insuportável e aí querer “cobrar ou fazer tudo de uma só vez”.
- Não implante mudanças bruscas ou radicais, do tipo “tudo ou nada”, ou ir do “8 para o 80”.
- Não avalie só pelas aparências, não formule conceitos prévios nem faça julgamentos irre-corríveis. Informe-se bem, ouça outras opiniões e avalie todas argumentações para decidir.
- Admita que possa estar errado, mas só mude de opinião após de ter investigado causas e conseqüências, com mente muito aberta, e ter-se convencido de quais outras alternativas são melhores que a atual.
- Restrinja-se ao seu orçamento. Você e os que dependem de você tem que entender e acei-tar esta realidade.
- Multiplique pessoas, relacionamentos, lugares, atividades e interesses.
- Se os outros não cumprirem suas obrigações não se angustie nem faça por eles. Antes, conscientize-os das conseqüências (ruins para eles) e permita-lhes educarem-se a partir de suas próprias escolhas.
Como você cuida do seu ESTRESSE? Saiba 70 maneiras de como evitá-lo!
Lembre-se que o Estresse é uma atitude.
Acorde mais cedo.
Durma o suficiente.
Escreva para um amigo.
Pare de falar negativamente.
Desenvolva seu senso de humor.
Pare de pensar que amanhã será melhor.
Tenha visão de vencedor.
Evite ajuda química para o humor.
Não saiba todas as respostas.
Deixe de tentar consertar os outros.
Cumprimente um desconhecido.
Abrace um amigo.
Perceba o valor do amor incondicional.
Faça reuniões objetivas.
Diga alguma coisa agradável.
Elogie pessoas.
Fale menos e ouça mais.
Anote tudo.
Mude o seu caminho para o trabalho.
Chegue ao trabalho mais cedo.
Deixe o trabalho mais cedo.
Encare problemas como desafios.
Conheça seus sentimentos.
Lembre-se de suas opções.
Estabeleça objetivos.
Vá ao encontro das suas necessidades.
Use o tempo sabiamente.
Planeje-se com antecedência.
Antecipe a solução das necessidades.
Conheça seus limites.
Estabeleça prioridades.
Alivie sua vida.
Diga não mais freqüentemente.
Esteja consciente de suas decisões.
Grite num jogo de futebol.
Prepare-se para a chuva.
Ande na chuva.
Tome um banho de espuma.
Simplifique as refeições.
Faça um aviãozinho de papel.
Faça duplicata das chaves.
Copie documentos importantes.
Evite roupas justas.
Exercite-se diariamente.
Por uma hora faça só o que lhe dá prazer.
Aprenda uma nova canção.
Faça consertos.
Pratique manutenção preventiva.
Arrume o armário.
Pare com um mau hábito.
Faça alguma coisa nova.
Adquira um bom hábito novo.
Ponha um odorizador no seu carro.
Veja um filme comendo pipoca.
Tenha um mascote (gato, cachorro,...).
Olhe para as estrelas.
Respire lenta e profundamente.
Assovie.
Dance.
Leia um poema.
Leia uma história.
Escute uma sinfonia.
Assista um balé.
Jante à luz de velas.
Compre flores.
Nine uma criança.
Brinque com uma criança, do jeito dela.
Ensine uma criança a empinar pipa.
Vá a um "pic nic".
Como Fazer Para Viver o AMOR-EXIGENTE
TER A MENTE ABERTA PARA A "INFORMAÇÃO" E O "NOVO".
QUESTIONAR PARA CONHECER A SI PRÓPRIO E OS OUTROS.
REFLETIR -> QUESTIONAR -> POSICIONAR-SE -> NOVO AGIR
Perguntas auxiliares para reflexão e escolha da META semanal
1) Na Primeira Semana - Enfoque: "O Indivíduo - Eu"
1.1) Você tem consciência de que os seus recursos são limitados? Dê um exemplo da sua vida onde isto ficou claro.
1.2) Você consegue aceitar sem revolta as limitações de recursos? Como pensa (o que faz) para não se revoltar?
1.3) Quais são suas maiores limitações hoje?
1.4) O que fazer para conviver melhor com estas limitações?
2) Na Segunda Semana - Enfoque: "O Outro - a Família"
O "outro" pode ser o nosso cônjuge, os nossos filhos, familiares, alguém que convive conosco e que queremos ajudar. Aqueles por quem nutrimos sentimentos de amor.
2.1) Você percebe as limitações do outro? Exemplifique.
2.2) Ele enxerga suas próprias limitações? São as mesmas e do mesmo modo que você vê?
2.3) Você tem usado isto para ajudá-lo a conhecer-se com verdade e tranqüilidade? Como?
2.4) O que fazer para aumentar a auto-aceitação e a possibilidade de realização pessoal dele?
3) Na Terceira Semana - Enfoque: "A Sociedade"
A "sua Sociedade" é o conjunto dos meios de comunicação, dos ambientes e pessoas externas à sua casa com os quais mantém contatos, relações, vínculos e interações. Tudo aquilo que in-fluencia seu modo de pensar e agir e, ou, que pode ser influenciado por ele.
3.1) Você percebeu se as pessoas na sociedade, como regra geral, "respeitam limites"? Exemplifique um caso real que tenha levado você a esta opinião.
3.2) Cite dois "limites" seus ou da sua família que a sociedade desrespeita e, com isto, lhe prejudica.
3.3) Os que são forçados a "respeitar limites" se revoltam ou não? Por que se revoltam?
3.4) Você se sente um trouxa "respeitando os limites" que os outros ignoram? O que fazer?
SER FIEL, HONESTO E VERDADEIRO NA VIVÊNCIA E TRANSMISSÃO DA CULTURA E PROPOSTA DE VIDA DA SUA FAMÍLIA, ASSIM COMO DA PROPOSTA DO AMOR-EXIGENTE NOS GRUPOS DE APOIO ONDE ATUA
- PARTICIPAR ATIVAMENTE DA VIDA FAMILIAR
Estar comprometido com eventos e rituais familiares, maximizando os aspectos sau-dáveis da cultura familiar, a percepção e a transmissão da identidade de seus membros, e a qualidade de vida em grupo com sobriedade.
- VIVER O QUE QUIZER ENSINAR
O exemplo não é a melhor maneira de ensinar, é a única.
Nós temos que ser exemplo de prática do programa, mostrando o nosso progresso no caminho da sobriedade. Evitar os perigos dos pontos de vista extremados e desequilibrados. Balancear sobriedade e espontaneidade. Sempre que percebermos uma incoerência em nós próprios, mantermos nossa mente aberta e coração doce para, com humildade, trabalharmos nossa adequação por meio de metas objetivas.
- NÃO MISTURAR OUTRAS PROPOSTAS
Modernizar a cultura familiar, sem corromper os bons valores da sua identidade.
Sempre preservando uma postura ética em relação à FEAE, cuidar para que, nas duas horas de duração das reuniões do Grupo de Apoio de AE, sejam discutidos e utilizados apenas os Princípios do Amor-Exigente, seus conceitos, metodologia e temas diretamen-te afins. Por mais tentadora que seja a idéia, misturar outra proposta prejudicará o en-tendimento de ambas e os critérios para a utilização do A.E.
- UTILIZAR A LITERATURA OFICIAL
A FEAE informa periodicamente os livros recomendados. As apostilas são as forneci-das nos cursos e encontros chancelados também pela FEAE. Os Regionais também po-dem informar.
- IR A CURSOS E EVENTOS DA FEAE
Há um programa anual de treinamento oficial da FEAE divulgado no Informativo Mensal e no site do A.E. na Internet. Há treinamento mensal por quase todo país. De dois em dois anos há um Congresso Nacional imperdível. São momentos de testemunho e partilha de experiências, problemas, soluções e obtenção de orientações oficiais.
- MANTER VÍNCULO FORTE COM A REGIONAL DA FEAE
Os Coordenadores Regionais são cargos de confiança da Presidência da FEAE.
Localmente os Coordenadores Regionais são as pessoas melhor orientadas para, em conversas diretas, dirimir dúvidas, repassar orientações, informar sobre normas, sobre metodologia, sobre a literatura oficial e até mesmo ajudar na sua obtenção. Os contatos devem ser diretos e informais.
Todo Coordenador e Vice-Coordenador de Grupo de Amor-Exigente devem compa-recer às reuniões convocadas pela sua Coordenação Regional.
ÁLCOOL ETÍLICO
Aspectos gerais
O álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso cen-tral, provocando mudanças no pensamento e no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência.
O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentiva-do pela sociedade. Seu uso é conhecido desde 6.000 anos Antes de Cristo.
Noventa por cento das famílias do mundo tem parentes alcoolistas ou sofrem com o drama do alcoolismo. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo pode provocar um quadro de dependência (al-coolismo), o qual é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões financeiras, médi-cas, psicológicas, profissionais e familiares.
Efeitos agudos:
O álcool produz efeitos em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora.
Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica aumentado, podendo até mesmo provocar o estado de coma.
Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo as pessoas. Exemplos: Pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas sentirá menos seus efeitos, quando comparada com uma outra pessoa que não está acostumada a beber. Uma pessoa com massa física de grande porte terá maior resistência aos efeitos do álcool.
O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear enrubecimento da face, dor de ca-beça e um mal estar geral, mais intensos para as pessoas cujo organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais tem maior probabilidade de sentir esses efeitos.
Efeitos crônicos:
O consumo abusivo rotineiro por alguns anos leva ao “beber problemático” e ao “alcoolismo”.
Alcoolismo
Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem biológica, psi-cológica, sociocultural ou ainda ter a contribuição resultante de todos estes fatores. A depen-dência do álcool é uma condição freqüente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira (8 a 16 milhões).
A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma inter-face que, em geral, leva alguns anos. Quando o indivíduo precisa do “bem-estar” inicial causa-do pelo álcool para sentir-se bem e apto às suas atividades normais; o aumento da importância do álcool na vida da pessoa; a percepção do “grande desejo” de beber e da falta de controle em relação a quando parar, desenvolveu a “dependência psíquica”. O desenvolvimento da tolerân-cia, ou seja, a necessidade de beber quantidades de álcool cada vez maiores para obter os mes-mos efeitos; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e o aumento da ingestão de álcool para aliviar a síndrome de absti-nência. É a dependência física.
A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece quando da redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas após um período de consumo crônico. A síndrome tem início 6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada pelo tremor das mãos,
acompanhado de distúrbios gastrintestinais, distúrbios de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência severa ou “delirium tremens” que, além da acentuação dos sinais e sintomas a-cima referidos, caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e espaço.
Efeitos do álcool no resto do corpo
O corpo humano possui 20 bilhões de células no Sistema Nervoso. Cada embriaguez pode des-truir 20 mil células nervosas. A embriaguez se atinge de 2 a 3 horas, mas leva de 8 a 9 h para eliminar esta quantidade ingerida. O bafômetro registra por 24h. A ingestão de álcool gera:
- Perturbação visual com diminuição da capacidade de enxergar, visão dupla, cintilação (estre-linhas).
- Diminuição dos reflexos com retardo nas respostas (reação).
- Incoordenação motora.
- Dificuldade de raciocínio.
Os dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são:
- As doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose).
- Problemas do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, síndrome de má absorção e pancreatite),
- Sistema cardiovascular (hipertensão e problemas no coração).
- Polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e câimbras nas pernas.
- Carência das vitaminas do Complexo B (desnutrição, fraqueza).
- Desidratação generalizada (pele seca e rachada, muitas rugas e aspecto de velhice)
Durante a gravidez
O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer consequências para o recém-nascido, sendo que, quanto maior o consumo, maior a chance de prejudicar o feto. Desta forma, é recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação como também durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno.
Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso excessi-vo durante a gravidez, são afetadas pela “Síndrome Fetal pelo Álcool”. Os recém-nascidos a-presentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sinto-mas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças severamente afetadas e que conse-guem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e men-tais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.
Álcool e transito
Nos EUA calculou-se que em um só ano houve 56.300 mortos e 2 milhões de feridos em con-seqüência de acidentes de trânsito. Mais de 50% dos acidentes de trânsito tem a presença de álcool no organismo dos condutores. Ele produz a perda da velocidade de reação, de percepção a coordenação motora e os reflexos, mesmo em pequenas quantidades, comprometendo a capacidade de dirigir veícu-los, ou operar outras máquinas. A nova Lei 11.705, de 19/06/2008, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, torna ilegal dirigir com concentração a partir de dois decigramas de álcool por litro de san-gue. A punição para quem descumprir a lei prevê suspensão da carteira de habilitação por um ano, além de multa de R$ 955 e retenção do veículo. A suspensão por um ano do direito de dirigir é feita a partir de 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de san-gue). Basta beber uma única lata de cerveja ou uma taça de vinho. Acima de 0,3 mg/l de álcool no ar expelido (ou 6 dg por litro de sangue), a punição inclui também a detenção do motorista em flagrante (pena: de seis meses a três anos).
Levantamentos feitos em hospitais psiquiátricos com dependentes químicos detectaram que
94,8% dos pacientes eram dependentes do álcool e
5,2% das demais drogas, entre elas a maconha e cocaína.
O alcoolismo é um dos mais sérios problemas de saúde pública:
15% dos brasileiros entre 10 e 62 anos são dependentes do álcool = 5.280.000 pessoas.
5% destes (264.000) apresentam síndrome de abstinência grave, exigindo hospitalização.
É causa de outras 256 doenças secundárias (comorbidades), a um custo total de 7,3% do PIB (R$115 Bilhões/ano) para o Sistema de Saúde nacional.
Prejuízo nacional de (3,8%PIB) R$60 Bilhões, já que os impostos sobre bebidas com ál-cool rendem (3,5%PIB) apenas R$55 Bilhões.
É a terceira causa de aposentadoria por invalidez.
Ocupa o segundo lugar entre as doenças mentais.
É primeira causa (a maior) de perda do trabalho, de acidentes de trânsito, de conflitos familiares, violência, etc.
É comprovadamente porta de entrada para outras drogas e precede os desvios de condu-ta.
É a única droga que comprovadamente induz a violência contra si e contra terceiros.
75% dos acidentes de trânsito com morte tinha presença de bebida alcoólica.
900 mortes/ano em acidentes de trânsito no Rio Grande do Sul tiveram a contribuição de bebidas alcoólicas.
70% dos laudos cadavéricos de mortes violentas acusavam presença de álcool.
75% das brigas entre casal ou entre familiares com B.O. tiveram a contribuição do álco-ol.
No RS 11% dos agressores estavam alcoolizados ao praticar o delito.
32% dos homens e 22% das mulheres que sofreram violência estavam alcoolizados.
55% de afogamentos, quedas e acidentes pessoais tiveram a contribuição do álcool.
Nos Estados Unidos, no ano de 1990, os custos econômicos totais do "abuso do álcool" foram estimados em mais de 100 bilhões de dólares.
Estudo realizado no ano de 1993 pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FIESP, sobre os problemas relacionados ao abuso do álcool e outras drogas no ambiente de trabalho, aponta que de 10 a 15% dos empregados têm problemas de dependência química.
E deste abuso resulta o seguinte:
3 vezes mais Licenças Médicas que outras doenças;
5 vezes mais chances de Acidentes de Trabalho;
15 a 30% de Todos os Acidentes no trabalho;
50% de Absenteísmo (falta ao trabalho) e Licenças Médicas
utilização de 8 vezes mais diárias hospitalares
família utiliza 3 vezes mais Assistência Médica e Social
Fonte: UNIFESP-PSICOBIO-CEBRID Fundação Universidade Federal de São Paulo – Departamento de Psicobiologia – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.
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