NOSSAS
RAÍZES E NÓS
SelvinoAntonio Malfatti
Existem
solos bons, os menos bons e ruins. Se for o primeiro é só plantar,nos segundos
fazer pequenas correções e no caso dos terceiros corrigir totalmente. O mesmo
acontece conosco. Primeiramente o Eu.
Pode
ser entendido como um foco interno e externo. Interno são as captações que
operacionalizou durante toda sua vida daquilo que ocorreu ao seu redor e da
herança biológica. Neste último aspecto entram as heranças genéticas e o
genoma, cada vez considerados importantes na constituição do eu. A partir deste
dado fisiológico começam a se construir a personalidade com os dados que se
acumulam no eu. Então, o eu é um complexo sintético da herança fisiológica e
social que cada um experimentou. Dessa síntese nasce uma personalidade
que será dotada de inteligência e vontade. Não há um determinismo de signos,
mas um desafio a enfrentar. Não é fácil
para ninguém. Embora se tenha nascido num berço esplêndido é preciso criar o
próprio eu, quer na necessidade, quer na abundância. Os das necessidades terão uns desafios e os
da abundância terão outros.
O
segundo pilar é a família. Esta é um dos
componentes formadores da personalidade. Na infância e juventude não escolhemos
a família. Por isso nós que a formaremos devemos procurar formá-la da melhor
forma possível para os que habitem nela sintam o melhor dos ambientes para
crescerem física, psicológica e espiritualmente. Os filhos querem um ambiente
de paz, de compreensão e de ajuda. Vamos proporcionar-lhes. Se não tivermos tido,
vamos proporcionar aos nossos filhos este ambiente que tanto desejamos termos
tido.
A
sociedade menos ainda a escolhemos. Mas se tivermos uma ótima personalidade
podemos ser pessoas autônomas dentro delas. Sem nos deixar levar pelos falsos
apelos. Antes de querermos mudar a sociedade devemos nós mesmos termos mudado,
sermos firmes em nossas convicções. A sociedade é a arena de nossos desafios,
pois ela é constituída de nossos complexos culturais. Temos grupos diversos,
religiões, partidos, diversões, culturas. É dentro deles que vamos exercitar
nossa liberdade. Não adianta ficarmos sonhando: que bom seria se todos fossem
assim. Infelizmente não é e por isso vamos impondo nossa própria personalidade.
A
ética é um assunto mais complexo, pois envolve o modo de agir correto dentro da
sociedade, de conformidade com a personalidade de cada um. A norma ética possui
um ponto de apoio no próprio homem. Quem a desvelou com maior clareza foi o
filósofo alemão Kant. Diz ele: age de tal forma que tua conduta possa se tornar
lei universal. Isto significa que se tiver dúvida em relação a alguma ação, se
devo ou não devo praticá-la, basta consultar a mim mesmo e me perguntar se
todos poderiam agir assim. Caso a resposta seja positiva, então a ação é
eticamente correta. Em caso negativo devo abster-me de praticar tal ato. A
hierarquia que se pode estabelecer entre as normas é a seguinte: costumes
tradicionais não obrigatórios, como lavar as mãos antes das refeições. Costumes
morais, obrigatórios para uma determinada sociedade, como dizer a verdade.
Normas legais, que constituem a maioria das normas da sociedade. Normas éticas,
condutas universais, estabelecidas por consenso na sociedade, como não enganar
o próprio semelhante. A maioria das vezes estas normas se interpenetram e se
entrecruzam, complementando-se mutuamente.Por isso, a melhor eunomia adviria do
consenso da sociedade sobre princípios ético-racionais com validez universal.
Muito bom. Legal,nos ajuda sempre.
ResponderExcluirBoa tarde.
José Luís.
São os três níveis do eu na comunidade.
ResponderExcluirMuito legal este principio das raízes culturais.
ResponderExcluirE quantas descobertas.
ExcluirSacudida no marasmo da vida. Raízes culturais.
ResponderExcluirTempos difíceis para educar nossas crianças.
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