O mundo em que vivemos
está em constante transformação e nas últimas décadas, com os avanços e
evoluções tecnológicas, essas mudanças passaram a acontecer com velocidade
espantosa e assombrosa. Se por um lado, as novas tecnologias e a velocidade com
as coisas acontecem trazem avanços e novidades, por outro, elas também criam
impactos na vida das pessoas, sejam elas adultas, jovens ou crianças.
Em um passado recente, a
formação da criança ou do jovem era influenciada basicamente pelos valores
transmitidos dos pais para os filhos. Hoje não é mais assim. Além das
influências dos pais, a formação dos filhos é bombardeada por influências transmitidas
por diversos seguimentos, como as interferências da macro-família, a
transmissão dos conhecimentos escolares, a pressão dos grupos de amizades, os
ensinamentos religiosos, as tendências da moda, o poder dos diferentes tipos de
mídia, etc. que vão se somando, formando, transformando e moldando o
sujeito.
Entre todos, os avanços
e disponibilidades tecnológicas são os fatores que atualmente estão mais
presentes na nossa vida, de nossos jovens e de nossas crianças. Os pequeninos
nascem com uma tevê a sua frente. Ganham o primeiro celular ou tablet já nos
primeiros anos de existência e se encantam com os brinquedinhos eletrônicos. Os
jovens vivem com fone nos ouvidos e os adultos também se renderam às redes
sociais. A tevê ocupa espaço em cada cômodo da casa e coloca a nossa
disposição uma centena de canais como opção. Essas tecnologias nos interligam
ao mundo, aproximam quem está distante mas, ironicamente, distancia quem está
ao nosso lado.
Mesmo diante do
bombardeio de informações, nós pais não podemos perder a essência de nosso
papel de pais e devemos trabalhar ativamente para deixar a nossa marca e são
nos primeiros anos de existência dos filhos que nossas influências possuem
poder maior de enraizar valores capazes de formar caráter e que deverão servir
de base ao longo de toda a sua existência, no entanto, só conseguiremos
transmitir princípios de integridade moral, ética e espiritual se os possuímos
e, sem medir esforços, nos dispomos a transmiti-los.
Nesta missão precisamos,
primeiramente, buscar tempo e espaço para participar ativamente da vida de
nossos filhos, cientes que possuímos concorrências fortes e poderosas.
Precisamos compreender que as novas tecnologias fazem parte da vida atual e não
podem ser descartadas, mas é necessário, por vezes, desligar a tevê, sair do
computador, mostrar aos filhos que existe vida real e não somente virtual.
Precisamos reservar tempo para a convivência familiar, onde possamos criar
momentos favoráveis ao diálogo, onde possamos transmitir aos nossos filhos quem
nós somos, quais são nossas raízes, nossas origens, nossos valores e nossos
princípios.
Na formação da base, não
podemos perder a preciosa oportunidade de plantar na raiz da existência das
nossas crianças, a essência de Deus em sua vida. Também é na base que devemos
começar a fortalecer sua auto-estima, começar na base ensinar-lhes o
respeito aos pais e às pessoas. Também é na base que precisamos mostrar a
importância dos hábitos saudáveis, as vantagens de se fazer boas escolhas, o
respeito aos limites e regras.
Não podemos esperar
nossos filhos crescerem, tornarem-se adolescentes ou criarem problemas para
começarmos a agir. O segredo de uma boa educação é começar cedo, orientando,
ensinando, norteando suas condutas, preparando-os para se posicionarem diante
da avalanche de fatores que exercerão influências no decorrer de sua formação.
Precisamos nos atentar
também que o mundo está em constante transformação, conforme citamos, e com
isso mudam-se os costumes, afetando e modificando as pessoas. Os filhos de hoje
não são iguais os filhos que fomos e aquilo que deu certo no passado, pode não
dar mais certo hoje. Exemplo disso é a legião gigantesca de pais que estão tão
presos ao passado e alienados sobre novas abordagens educativas, que ainda
acreditam que é preciso provocar dor para educar. Por isso precisamos
acompanhar as mudanças do mundo, nos adaptando, buscando conhecimento, nos
informando, trocando experiências e adequando as novas realidades.
Os filhos crescem, vem a
adolescência, momento em que eles começam a criar asas, momento em que reclamam
por liberdade e buscam sua identidade. Nesse momento, a cada dia precisam fazer
novas escolhas. Não vamos estar sempre ao lado deles, entretanto se
conseguirmos deixar nossa marca, trabalhar forte na formação de suas raízes,
nesse momento da vida eles poderão alçar voos com segurança e, se porventura,
ocorrer algum desvio de conduta, com certeza a retomada do rumo acontecerá com
grande facilidade.
Texto de Celso Garrefa (AE de Sertãozinho –
SP)
Elaborado com base no 1º princípio do AE
Raízes culturais significam nossas origens, donde proviemos, o ambiente onde nos formamos. Podem ser fisiológicos e culturais. Para nós amor Exigente, mas mais significativas são as culturais.
ResponderExcluirFelizmente temos programas como Amor Exigente para nos dar direção.
ResponderExcluirÓtimo artigo. Parabéns.
ResponderExcluirA força está nas raízes e não nas folhas.
ResponderExcluirChica.
Bom.
ResponderExcluirÉ bom quando faz bem
ExcluirÓtimo. Este texto vai ajudar muito.
ResponderExcluir