Ele
nasceu em Belém e foi criado em Nazaré, uma pequena cidade da Galiléia, há 2014
anos. Muito pouco se sabe, com certeza, de sua trajetória histórica, quase nada
de seu nascimento e infância. Seus primeiros anos foram cercados do mistério
representado pela enormidade de um Deus que se faz homem. Um acontecimento que
desafia a inteligência. Durante sua gestação sua presença ficou restrita à
confiança de sua mãe Maria na promessa de Deus. Ela no íntimo aguardou a
realização da promessa feita pelo anjo (Lc. 1, 46-55) e depois do nascimento,
sem alarde, criou o menino. O Pai carpinteiro lhe deu o nome e o educou na lei
judaica. E Jesus, mais tarde, se valeu da imagem desse carpinteiro para ensinar
o que toda inteligência procura, o que todo homem aspira conhecer: o princípio
fundador de tudo, uma razão segura para viver pode ser chamado de Pai. Onde
depositar a crença de que vale a pena viver? O conhecimento do arquétipo que
tanto mexeu com os gregos Jesus anunciou de forma simples e fácil: qual é o
princípio no qual nascemos e morremos? O princípio é o Pai, podemos chamá-lo
assim, o entenderemos melhor assim.
Crescido
Jesus deixou a lida diária do carpinteiro depois de ser batizado por João
Batista. Trabalhara muitos anos fazendo cidades, mas precisava, depois de batizado,
de um tempo para trabalhar o coração das pessoas. Ao aparecer adulto anunciando
a boa notícia, uma forma nova de ler a lei judaica, causou desconfiança entre
os seus. E havia razão para a desconfiança. Jesus, o filho de José, vinha da
Galiléia, de uma cidade pequenina chamada Nazaré. Seu pai era um humilde
carpinteiro. Não era nobre, nem sacerdote, nem sequer fora criado nos palácios.
É o
nascimento desta criança, cercada do mistério que envolve a aparição humana de
Deus, o episódio que celebramos em dezembro. É o natal deste menino simples e
pacífico que a humanidade celebra. E por que ainda precisamos celebrar seu
nascimento? Porque é para Ele que olhamos quando sentimos a necessidade de
recriar e recomeçar. É Ele que veio para renovar para melhor todas as coisas, é
Ele a esperança numa fé que livra o mundo da maldade. Esse mundo acordou hoje
com mais notícia de corrupção, descobriu assustado a morte de mais de cem
crianças por um grupo religioso que diz agir em nome de Deus. Sim, necessitamos
celebrar o natal, pois é para esse menino que olha o homem quando sente que
precisa de um mundo melhor.
Então
que celebremos o Natal, revivamos esse episódio de mais de dois mil anos. Precisamos
Vê-lo para enxergar além da rotina, para iluminar além daquilo que se manifesta
na fenomenalidade da existência, para encher o coração da esperança de um dia vivermos
em paz. Necessitamos Dele para fortalecer a esperança que a vida comum e
imanente das coisas não fornece. Precisamos Dele para nos ensinar a ser
melhores, para fortalecer nossa fraqueza, para mostrar a rota para um mundo
mais gentil, mais justo e fraterno, o mundo que sonhamos em nosso íntimo e uma
vez por ano ousamos apresentá-lo aos demais em forma de uma festa: natal.
Para
enxergar o sentido desse natalício, para falar do menino que dá ao viver as
melhores possibilidades, é necessário acreditar no que o homem pode realizar de
melhor. ( Jesus. José Mauricio de Carvalho - UFSJ)
Quando tudo começa a ser esquecido e poucos param para pensar, é muito bom que esta REFLEXÃO, faça-nos entender que a festa é CRISTÃ.
ResponderExcluirPrecisamos de esperança, acreditar na vida nova que CRISTO nos falou.
ResponderExcluirUma ótima e encantadora leitura. Me encantou.
ResponderExcluirLila Otaviana.