sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

AÇÃO VOLUNTÁRIA CONSCIENTE. Maria Elena Pereira Johanpeter


Para toda ação que pensamos ou que queremos executar, sempreprocuramos saber qual é a melhor maneira de praticá-la. Se não sabemos como fazer, procuramos nos instruir a respeito, ouvir pessoas ou organizações que já o fazem para buscar experiência. Parece-me que para a única ação que não estamos preparados e que acabamos aprendendo na prática, é a de sermos pai e mãe, pois o bebê não vem com o manual junto.
No trabalho voluntário, as pessoas que dão continuidade a sua atividade, são aquelas que entendem perfeitamente e com profundidade a importância e o significado de sua ação, e o que ela pode trazer de retorno para si e para a vida do outro. É uma atitude que envolve sentimento, cumplicidade e expectativa de mudança, transformação social e espiritual.
Passamos a ser responsáveis pelo que cativamos.
Se formos responsáveis, sabemos compreender o quanto é importante nos preparar para exercer o voluntariado. Participar de reuniões com outros voluntários para debater conceitos de cidadania e comprometimento. Entender amplamente o papel de uma organização social e da RSI - Responsabilidade Social Individual - e o que pode representar a soma de esforços, tanto na visão de religiosidade, quanto econômica, comportamental e da transformação de uma realidade. 
O trabalho voluntário também exige compartilhar experiência com outros voluntários e com equipes de contratados.      Precisamos debater sobre o desenvolvimento de uma cultura de voluntariado organizado, seus direitos e deveresE saber mais sobre essa palavra "organizado", visto que o voluntariado já existe no mundo desde a época de Cristo, e no Brasil, desde o seu descobrimento.
É preciso conhecer a evolução do voluntariado no Rio Grande do Sul, no Braisl e em outras partes do mundo. Entender o conceito que abrange o Terceiro Setor. Quanto mais conhecermos o voluntariado, mais poderemos ter uma ação voluntária consciente e de amplo alcance.
É muito importante que o candidato a voluntário se perceba como um agente transformador de uma realidade. O sociólogo colombiano Bernardo Toro diz que toda ordem social é criada por nós. O agir ou não agir de cada um, é o que consolida ou transforma essa ordem social. São, pois, esses debates sobre conceitos, responsabilidades e comprometimentos que nos possibilitam uma ação pró-ativa a favor da organização da sociedade civil, do sentimento de amor ao próximo e da construção de um ser humano holístico. (Fonte: Revista Portal - 2002/2003)






4 comentários:

  1. Parabéns Prof. Selvino, já conhecia esse trabalho da M.Helena, que há muitos anos é Voluntária em PA. Nosso Blog e o Face estão sendo vistos por muitos amigos, que comentam comigo... Lindo o seu relato sobre o Amor!

    Um abraço e um Ano de muitas realizações no AE, em qual lhe admiro muito.

    Um abraço

    Rose Braunstein

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  2. Obrigado, D. Rose. Um abraço à senhora.Selvino.

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  3. Olá Professor Selvino!
    Plena Paz e Lúcida Luz!

    Grata pelas partilhas!
    ÓTIMO TEXTO SOBRE VOLUNTARIADO!!!!!

    MUITO DO QUE PENSO E SINTO ESTA BEM COLOCADO ALI,
    POIS CONTINUO ME PERGUNTANDO:
    -PORQUE É TÃO DIFÍCIL "SOMAR" FRATERNALMENTE?...
    -PORQUE HÁ TANTO "ADIAR" DE MUITOS VOLUNTÁRIOS EM VÁRIOS ASPECTOS?
    PARA SE ATUALIZAREM,
    SE MELHOREM,
    SOMAREM FORÇAS,
    QUALIFICAR O TRABALHO EM BEM DA VIDA?,.. ETC.

    Destaco "destaques" do texto, que se levados a sério, QUANTO BEM TRARIAM!!!!!

    "...qual é a melhor maneira de praticá-la. ...procuramos nos instruir a respeito,...
    (...) o trabalho voluntário, as pessoas que dão continuidade a sua atividade, são aquelas que entendem perfeitamente e com profundidade a importância e o significado de sua ação, (...)

    É uma atitude que envolve sentimento, cumplicidade e expectativa de mudança,
    transformação social e espiritual.
    Passamos a ser responsáveis pelo que cativamos.
    Se formos responsáveis, sabemos compreender o quanto é importante nos preparar para exercer o voluntariado.

    O trabalho voluntário também exige compartilhar experiência com outros voluntários
    e com equipes de contratados.
    Precisamos debater sobre o desenvolvimento de uma cultura de voluntariado organizado, seus direitos e deveres. E saber mais sobre essa palavra "organizado",...

    Quanto mais conhecermos o voluntariado,
    mais poderemos ter uma ação voluntária consciente e de amplo alcance.
    É muito importante que
    o candidato a voluntário se perceba como um agente transformador de uma realidade
    (...) esses debates sobre conceitos, responsabilidades e comprometimentos
    que nos possibilitam uma ação pró-ativa a favor da organização da sociedade civil,
    do sentimento de amor ao próximo
    e da construção de um ser humano holístico."

    Para mim, com estas frases que respeitosamente selecionei do texto,
    já temos muito para refletir, aprimorar e por em ação.
    Grande abraço!
    Maria de Lourdes

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  4. Olá colega Selvino!
    Plena Paz e Lúcida Luz!

    Para mim, foram simples palavras de partilha do que "penso" e "sinto"
    deva SER VOLUNTARIADO para qualquer voluntário,
    e que destaquei por estarem tão simples e magnificamente colocadas no texto.

    Ainda falta para muitos voluntários a nobre noção de sua Profunda Responsabilidade
    e de alguns dos seus Reais Deveres,
    que vão bem além de "comparecer" nas datas marcadas ao atendimento fraterno e nas reuniões previstas.

    Voluntariar é assumir um compromisso de ser tão responsável e eficiente,
    dedicado, integrado, instruído, ético no trato, fiel no silêncio, sensível às necessidades
    e cumpridor da proposta da instituição, (como se deve ser na família, no trabalho, etc)
    de modo a atuar com unidade e não do modo que a cada um lhe aprouver,
    alegando como muitos, que fazem o suficiente e o melhor, mas do seu modo, como e quando desejar.
    É claro que cada ser que chega para um trabalho a serviço de outros,
    pode enriquecer com suas particularidades uma equipe já formada,
    mas há que se adaptar a servir ao grande objetivo de cada obra
    e para atingir com todos os demais seus objetivos especiais.
    Só que isto requer abertura para sempre e mais aprender,
    se atualizar na área específica de atuação e áreas relacionadas,
    e para tal há que dedicar-se um pouco além dos horários determinadospara atuar.

    A grande dificuldade que vemos em muitas instituições,
    é a crítica pela crítica do colega voluntário,(geralmente pelas costas)
    a divisão sem propostas para soluções, sem capacidade construção ou reconstrução,
    a desunião e a competição por cargos, ou por simples aparências que só maculam as boas obras em andamento.
    Se mesmo assim quanto bem é feito, quanto maior bem se faria ao vivenciar a frase final daquele texto
    de Maria Elena Pereira Johanpeter:
    "É muito importante que
    o candidato a voluntário se perceba como um agente transformador de uma realidade
    (...) esses debates sobre conceitos, responsabilidades e comprometimentos
    que nos possibilitam uma ação pró-ativa a favor da organização da sociedade civil,
    do sentimento de amor ao próximo
    e da construção de um ser humano holístico."

    Abraço fraterno!
    Maria de Lourdes

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