No mês de maio o Amor-Exigente se prope a refletir a questão da CULPA. A FEBRAE apresenta alguns temas para debate e um texto auxiliar para discussão em grupo. É o que segue.
- Ter consciência do mal, decidir livremente e fazê-lo.
Senão, o que temos é responsabilidade.
- Fazemos chantagens emocionais, manipulamos, para conseguir
o que queremos.
• - Fazemos contratos negativos e o jogo da culpa dentro da
família.
- A Culpa, amordaça, aprisiona, desmoraliza e retira toda
autoridade.
Exemplos de equívocos:
- Mas eu dei tudo a ele! Como pôde fazer isto conosco!
- Criado naquela família, tinha que dar nisso!
- A mãe fazia todas as vontades, e o pai nunca estava em
casa.
Conclusões:
- Não há perfil nem de pessoa que será nem de família que
gere D.Q.
- Ser família de menor risco: Funcional, Realista,
Interdependente, Harmônica
- Ser assertivo e emocionalmente educado.
A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte seu
pé no assoalho. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns
serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para urna conversa. Zeca, de
oito anos de idade, acompanha-o desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma
coisa fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva, O Juca não deveria ter feito
aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta
calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos, meus amigos. Não aceito.
Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo
onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o
menino o acompanhou calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele
pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está
secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau
pensamento teu endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na
camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs
mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços
acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai, que
espiava tudo de longe, se aproxima dele e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas alegre porque acertei muitos pedaços de
carvão na camisa, O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão
daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero te mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente
de um grande espelho, onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só
conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou, mas olhe
só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por
mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos. A borra dos resíduos, a fuligem, fica sempre
em nós mesmos.
(Textos Complementares para reuniões de Amor-Exigente -
FEBRAE)
Uma beleza de reflexão, que seja lida e aproveitada para aprofundarmos nossos conhecimentos. Muito bom.
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