quinta-feira, 30 de abril de 2015

A CULPA



No mês de maio o Amor-Exigente se prope a refletir a questão da CULPA. A FEBRAE apresenta alguns temas para debate e um texto auxiliar para discussão em grupo. É o que segue.

- Ter consciência do mal, decidir livremente e fazê-lo. Senão, o que temos é responsabilidade.
- Fazemos chantagens emocionais, manipulamos, para conseguir o que queremos.
• - Fazemos contratos negativos e o jogo da culpa dentro da família.
- A Culpa, amordaça, aprisiona, desmoraliza e retira toda autoridade.
Exemplos de equívocos:
- Mas eu dei tudo a ele! Como pôde fazer isto conosco!
- Criado naquela família, tinha que dar nisso!
- A mãe fazia todas as vontades, e o pai nunca estava em casa.
Conclusões:
- Não há perfil nem de pessoa que será nem de família que gere D.Q.
- Ser família de menor risco: Funcional, Realista, Interdependente, Harmônica
- Ser assertivo e emocionalmente educado.


A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte seu pé no assoalho. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para urna conversa. Zeca, de oito anos de idade, acompanha-o desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva, O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos, meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento teu endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, se aproxima dele e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa, O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero te mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho, onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou, mas olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos.  A borra dos resíduos, a fuligem, fica sempre em nós mesmos.
(Textos Complementares para reuniões de Amor-Exigente - FEBRAE)



Um comentário:

  1. Uma beleza de reflexão, que seja lida e aproveitada para aprofundarmos nossos conhecimentos. Muito bom.

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